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Idosa se recusa a usar máscara e chama fiscais de “moleques”

Flávia Leutwyler alegou que era médica e questionou a formação dos agentes da vigilância. Ela, na verdade, é formada em educação física

Por Metrópoles 17/03/2021 20h08
Idosa se recusa a usar máscara e chama fiscais de “moleques”
Flávia Leutwyler alegou que era médica e questionou a formação dos agentes da vigilância. - Foto: Reprodução/Web

Uma idosa de 72 anos discutiu com fiscais da Vigilância Sanitária após se recusar a usar máscara facial, objeto de segurança contra a Covid-19, em Bragança Paulista (SP). Segundo os agentes, a mulher estava sem máscara e foi alertada sobre a necessidade do uso e de deixar o local para evitar aglomeração.

Um dos agentes gravou a confusão com Flávia Leutwyler. No vídeo, ela afirma que “não aceito ordem de molecada. Eu não tenho educação com quem vem me encher o saco”.

A confusão aconteceu nessa terça-feira (16/3). Fiscais encontraram a mulher com o marido e mais algumas pessoas na região do Lago do Taboão. Ao ser abordada, no entanto, a senhora se recusou a usar a máscara e a deixar o local.

Em entrevista ao portal G1, Flávia afirmou que, na verdade, é formada em educação física. “Eu sou da área de medicina, não sou médica. Eu sou formada em educação física. Eu errei, estava nervosa”, explicou.

A reportagem consultou a Universidade de São Paulo (USP), onde a idosa disse ter se formado, mas a instituição disse que ela não tem graduação ou especializações pela universidade de medicina da USP.

Após a ação, os agentes foram à delegacia e registraram um boletim de ocorrência de desacato contra o casal. Na delegacia, eles foram ouvidos e liberados.

Flávia disse que ficou nervosa com a abordagem dos agentes e reforçou que estava com a sua máscara, que usava para correr, mas que durante o descanso, enquanto conversava com o marido e dois amigos havia tirado.

“Eu estava a dois metros deles, eu estava sem máscara porque tinha acabado de andar. Eu sentei e tirei a máscara para a gente conversar. Chegou uma amiga da minha amiga e sentou com a gente. Um minuto que elas chegaram, eles vieram. Nós não somos estudantada de 1968 que o soldado mandava dispersar. Que isso? Isso é maneira de falar com gente da nossa idade?”, diz.