Surucucus, consideradas as cobras mais venenosas da América Latina, assustam moradores no interior de Pernambuco
Quatro espécimes foram encontradas, uma delas dentro de uma residência

Os moradores de um condomínio em Chã de Cruz, em Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, estão assustados com o surgimento de surucucus. Em uma semana, quatro cobras dessa espécie, considerada a mais venenosa da América Latina, foram encontradas no Haras de Aldeia, sendo que uma delas entrou em uma casa.
A surucucu (Lachesis Muta) também é conhecida como surucucu pico-de-jaca, que é a subespécie comum na América do Sul. A cobra é da mesma família de jararacas e cascavéis, mas a cauda com “chocalho” dá lugar às escamas.
Foi justamente uma surucucu de grande porte que entrou na sala do advogado Theobaldo Pires, na quarta-feira (11). Ele mora no haras de Aldeia há 18 anos e nunca tinha visto uma cobra dessa espécie lá.
“Estava no telefone e saí da varanda para entrar na sala. Vi a cobra e me assustei. Chamei um vizinho do condomínio. Ele chegou em dez minutos e recolheu o bicho”, disse Pires.
O advogado afirmou que a cobra que entrou na casa dele foi a terceira a aparecer no condomínio. A primeira surgiu há uma semana, em uma rua da localidade, segundo Theobaldo.
A segunda estava também em uma trilha entre as residências. “Hoje [sexta], surgiu a quarta. E o vizinho também capturou, afirmou. O advogado disse que vai providenciar telas para a casa dele.
Theobaldo Pires lamenta o fato de Paudalho não ter estrutura para atuar em casos de cobras como as surucucus. "Não tem guarda ambiental no município", afirma.
Estudante de ciência biológicas na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Rodrigo Lyra Leite é o vizinho citado por Theobaldo.
Ele disse que fez treinamento para lidar com animais peçonhentos e, por isso, está ajudando a retirar as surucucus do condomínio.
“Realizei o procedimento e tenho um gancho adequado e uma caixa de contenção. Consegui retirar os animais para levar para a natureza, dentro da reserva de Mata Atlântica, que onde esse tipo de cobra vive”, comentou.
Rodrigo disse que uma das cobras capturadas tinha cerca de dois metros. Ele afirma que essas serpentes são perigosas e conhecidas por “serem as mais venenosas da América Latina”.
“Dá muita adrenalina e medo, mas alguém tem que fazer isso para tentar minimizar o confronto que vai existir entre a humanidade e esses animais”, declarou.
O estudante de ciências biológicas aponta que a surucucu é uma cobra grande e que tem alcance para dar botes acima da cintura das pessoas. “Você não pode chegar perto, se não sabe lidar com ela”, observou.
Rodrigo afirma que, para a biologia, a existência dessa espécie de cobra “é um fator extremamente positivo".
“Chamam a surucucu de guarda-chuva e elas ocorrem em matas primárias, altamente preservadas”, justificou.
Gestor do Cetas/Tangará, centro para animais silvestres da Companhia Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH), Yuri Valença disse que a aparição dessas cobras é algo “atípico” nessa época do ano.
“O período de maior atividade delas é em abril e maio. Hoje [sexta] chegou ao centro uma surucucu vindo de São Lourenço da Mata [Grande Recife]", afirmou.
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