Bolsonaro e parlamentares criticam encontro de Maduro com Lula
O ditador venezuelano chegou ao Brasil pela primeira vez depois de oito anos
A chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil desencadeou ataques e críticas nas redes sociais de parlamentares e líderes alinhados à direita. O ditador chegou a Brasília na noite deste domingo (28) para um encontro promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes sul-americanos. A última vez que Maduro esteve no Brasil foi há oito anos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo antigo de Lula para criticar o encontro. Na postagem, o petista aparece dizendo que não ficou mais "radical", apenas mais "maduro". No vídeo, há ainda a legenda: "Ninguém vai poder dizer que ele (Lula) não avisou".
Em 2019, o então presidente editou uma portaria que proibia a entrada de Maduro no Brasil, com a justificativa de que os atos do atual regime "contrariavam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos".
O senador Sergio Moro (União-PR) também criticou a visita de Maduro. Em uma publicação nas redes, Moro chamou o presidente da Venezuela de "ditador sul-americano" e disse que o encontro será um "sinal negativo" para o governo Lula.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compartilhou um vídeo da chegada do ditador venezuelano ao Brasil e afirmou que a recepção "com honraria e continência" do governo brasileiro é o "fundo do poço".
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também comentou a notícia. Segundo ele, ao se encontrar com Maduro, Lula "demonstra falta de compromisso com a democracia" e "desrespeita não só os brasileiros, como também os venezuelanos".