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Deputado federal é preso junto com irmão acusados de serem mandantes da morte de Mariele Franco

Além da dupla, delegado Rivaldo Barbosa, acusado de atrapalhar as investigações, também foi preso

Por 7Segundos com Agências 24/03/2024 11h11
Deputado federal é preso junto com irmão acusados de serem mandantes da morte de Mariele Franco
Mariele Franco - Foto: Reprodução

O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil - RJ) foi preso na manhã deste domingo (24) durante a operação "Murder Inc", para cumprir três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como parte das investigações do duplo homicídio, que vitimou a vereadora carioca Mariele Franco, e o motorista dela, Anderson Gomes, ocorrido em 2018.

Chiquinho Brazão e o irmão dele, Domingos Brazão - que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro - são acusados de serem os mandantes do crime.

O terceiro preso é o delegado Rivaldo Barbosa. Na época do crime ele era chefe da Polícia Civil e atualmente é coordenador de Comunicações e Operações Policiais. Ele é acusado de tentar atrapalhar as investigações policiais.

A operação foi deflagrada em uma força tarefa que uniu a Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e Polícia Federal, que assumiu as investigações do caso em fevereiro do ano passado.

Os presos foram encaminhados para a sede da PF no Rio, onde devem ser ouvidos. Depois, deverão ser encaminhados para a Penitenciária Federal de Brasília.

Domingos Brazão foi citado no processo desde o primeiro ano das investigações, e chegou até mesmo a prestar depoimento três meses após a morte de Mariele Franco.

Os mandados de busca e apreensão tiveram como alvo Erica de Andrade Almeida Araújo, esposa do delegado Rivaldo, o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídio e e o policial Marcos Antônio de Barros Pinto, um dos seus principais subordinados.

O delegado e o policial foram afastados das suas funções e deverão usar tornozeleira eletrônica, conforme determinação do ministro Alexandre de Morais.

Erica de Andrade teve bens bloqueados e as atividades comerciais de sua empresa suspensas. De acordo com a PF, a empresa servia para lavar dinheiro para o marido.

Documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos.