Ex-bailarina de Ratinho após constrangimento racista: 'Desestabilizada'
Cintia Mello pediu demissão do Programa do Ratinho após comentários do apresentador sobre seu cabelo e confessou estar desestabilizada.
O que aconteceu
A ex-bailarina do programa disse que estava mal quando sofreu a piada racista. "No início daquela cena eu não imaginava o que estava por vir. Nós tínhamos liberdade para brincar e sempre foram brincadeiras saudáveis, pois estava ali como bailarina, logo para ser reconhecida pela beleza e pela dança. Já estava em um dia atípico porque, enquanto estava trabalhando, a minha filha estava no hospital, então não estava muito bem", admitiu em entrevista à Quem.
Para ela, a primeira reação que teve foi o constrangimento: "Quando o meu cabelo foi relacionado ao 'piolho', eu não soube mais como reagir. A partir dali fiquei realmente no automático por ter ficado constrangida".
Cíntia Mello conversou com Ratinho sobre o desconforto: "Após toda repercussão, busquei conversar com o próprio [Ratinho] e foi uma conversa amigável, em que expliquei a ele alguns pontos sobre a situação, e o quanto eu estava chateada e desestabilizada com tudo aquilo. Tive resposta por um tempo, mas, depois, o diálogo acabou, porque não recebi mais respostas".
Ela relembrou que não é a primeira vez que o apresentador tem falas preconceituosas: "Todos já sabemos quantas polêmicas já foram levantadas por conta de algumas falas dele, em algumas delas o próprio esclareceu. Foi o que achei que aconteceria comigo. Nunca levantaria falso contra um patrão que é realmente querido por seus funcionários, mas que, infelizmente, como comunicador, precisa se reconstruir e ressignificar alguns pensamentos e falas".
A dançarina não o denunciou por racismo. "Já sabia que aquela 'brincadeira' tinha sido péssima, mas realmente levei em consideração que depois poderia falar com ele para que a fala fosse consertada, porque o racismo estrutural faz isso, normaliza falas racistas a ponto de quem as falam acham que não fizeram nada. Na televisão brasileira, por décadas, o racismo recreativo foi tão usado e normalizado, mas quem sofria as consequências disso éramos nós, que éramos diminuídos e excluídos na infância", afirmou.
Veja também
Últimas notícias
Estudante do Ifal morre em grave acidente de trânsito em Santana do Ipanema
PL de Cibele Moura cria diretrizes para incentivar empreendedorismo jovem no mercado digital em AL
Dia J Especial Black Friday movimenta Jomart Atacarejo com ofertas inéditas
Ministério Público garante condenação de homicida após 24 anos do cometimento do crime
Arthur Lira e Álvaro Lira prestigiam inauguração de ginásio e reforçam compromisso com União dos Palmares
Unimed suspende terapias de crianças autistas em Maceió e MP convoca audiência para solucionar questão
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Motociclista perde controle e cai na AL 220, em Limoeiro de Anadia
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
