General e ‘kid preto’ investigados por suposto plano de matar Lula são transferidos para Brasília
Transferência de militares presos foi determinada pelo STF
O general Mário Fernandes e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo serão transferidos nesta quinta-feira (5) para o Batalhão de Polícia do Exército em Brasília (DF), onde seguirão em prisão preventiva. A transferência foi determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Os militares são apontados pela Polícia Federal como participantes de um plano para matar, em dezembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e Geraldo Alckmin.
A ação esperava o apoio de “kids pretos”, como são conhecidos os recrutas das Forças Especiais do Exército Brasileiro.
O Exército informou que Mário Fernandes chegaria à capital federal durante a manhã, enquanto a chegada de Rodrigo Azevedo ocorrerá à tarde. O desembarque será na Base Aérea de Brasília.
Mário Fernandes é apontado como o autor do planejamento de execuções de autoridades, denominado de “Punhal Verde e Amarelo”. Rodrigo Azevedo, por sua vez, utilizou o codinome “Brasil” durante a empreitada, conforme mensagens interceptadas pela investigação.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mário Fernandes assumiu interinamente a Secretaria-Geral da Presidência. No momento dos fatos investigados pela PF, Fernandes era secretário-executivo da pasta.
A defesa de Mário Fernandes afirmou, na ocasião do indiciamento, que ainda não havia tido acesso ao inquérito e que considerava a prisão cautelar do general despropositada. Já a defesa de Rodrigo Azevedo disse que o tenente-coronel foi alvo de “sabotagem” da PF.