Diário do Sertão
Sem água em casa, contas acima de R$ 100 e sem ter a quem denunciar, população pede Procon no Sertão

Sem água nas torneiras, pagando duplamente todos os meses (pelo líquido que não tem e, comprando o líquido em carros-pipas e túneis), além da cobrança da taxa de saneamento em ruas onde essas obras ainda não tiveram início.
Essa é a realidade de moradores das várias cidades do Sertão de Alagoas, após a venda dos serviços, antes prestados pela Casal, para a concessionária Conasa/Águas do Sertão.
Cidades como Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras, Maravilha, Dois Riachos, São José da Tapera, Carneiros e Batalha são algumas onde a população já perdeu as esperanças de serem atendidas pela concessionária.
As reclamações são diárias e praticamente as 24 horas por dia, porém, a solução para a falta de água nunca é atendida de forma que resolva o problema.
Em Dois Riachos a água chega em abundância em parte da cidade. No restante das ruas do centro urbano o líquido está em falta desde o ano passado. Em Poço das Trincheiras e Maravilha a situação se repete. No ano passado a Águas do Sertão instalou um macromedidor na adutora que abastece Poço e Maravilha e de lá pra cá a falta de água tem perdurado.
Em Santana, algo ainda mais problemático para a população. Além da água faltar desde o ano passado em diversos bairros e localidades na zona rural atendidas pela Água do Sertão, as contas tem chegado com valores acima de R$ 100 Reais.
"Pagamos a água sem ter e a taxa de esgoto que na maioria das ruas também não existe e quando procuramos o escritório da Águas do Sertão nos falam que estão mandando o caminhão-pipa, que nunca chega e que o esgoto que pagamos é porque está por baixo da terra e não vemos", relata o aposentado José Marcial Wanderley, morador do bairro Colorado.
Santana do Ipanema e municípios vizinhos não têm sede do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), um antigo pleito da população, que nunca é atendida.
A falta do órgão foi tema de uma entrevista na terça-feira (25), na Rádio Milênio, em Santana, com o deputado federal Paulão (PT), que se mostrou disposto em levar para o município o Procon.
A fala do parlamentar ganhou eco e na sessão da Câmara dos Vereadores santanense um dos edis, Elielson Motorista (MDB), refez a fala do deputado, expondo a necessidade urgente do órgão de proteção ao consumidor para garantir a população um local onde ela possa ser ouvida e seus problemas resolvidos.
Nas redes sociais a população também expressou a necessidade de se ter o Procon. Várias enquetes foram colocadas no ar e os resultados se os internautas queriam ou não o órgão foi próximo aos 100%. Nas redes, a outra insatisfação exposta foi com os serviços oferecidos pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), que tem a finalidade de atender a demanda dos consumidores que não tem acesso a água, energia, esgoto e transporte. Mesmo com uma sede em Santana, a Agência não resolvido nenhum dos problemas apresentados pela população.
Além dos problemas com a falta de água e as cobranças por parte da concessionária, a população tem enfrentado o descontrole com os reajustes dos alugueis, que em muitas situações, as renovações sofrem um reajuste de mais de 150%.
No comércio, a falta do Procon também é sentida pela população. Em muitas lojas quem paga com pix tem um abatimento de até 35% em relação a quem paga com cartão de crédito.
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