Conheça a trajetória de Keops Lima, atleta de Palmeira dos Índios que está no top 10 do fisiculturismo mundial
Em entrevista, atleta que representou o Brasil em campeonato mundial relata sua trajetória
Um boneco do He-Man, personagem muito conhecido pelas crianças da década de 1980, foi o que levou palmeirense Keops Lima a se interessar pelo fisioculturismo. O brinquedo, conhecido pelos músculos "trincados" e a pele bronzeada é o retrato de Keops, que recentemente conquistou o top 10 do Campeonato Mundial de Fisioculturismo, que aconteceu no Uzberquistão, no continente asiático. O palmeirense foi o único brasileiro a participar da competição.
"Quem é daquela geração de crianças da década de 80 e de 90 val lembrar daqueles bonecos do He-Man e do Mentor. Eles tinham cada peitoral, cada braço trincado, abdome na trinca e aquilo me chamava atenção. Na época, eu tinha 10 anos de idade e passei a me interessar por fisioculturismo. Eu acompanhava meu irmão na academia e via aqueles camarada puxando muito peso", conta Keops Lima.
A decisão de transformar o interesse em prática esportiva, no entanto, só veio anos depois. Em 2012, ele passou a se preparar para competições. Já no ano seguinte, no primeiro campeonato que disputou, o Mister Praia, conquistou a quarta colocação na categoria.
"O presidente da Federação chamou o conterrâneo e amigo Carlão, ex-atleta que também me inspirou muito na musculação, e disse: 'Carlão, ajude esse rapaz que ele tem potencial'. E então passei a treinar com ele, também estava focado na dieta e em 2014 já venci o Mister Praia", declarou.
Em 2015, ele sagrou-se vice-campeão alagoano e posteriormente campeão Norte-Nordeste, e então ele foi convidado para o campeonato Sulamericano, que aconteceria em Buenos Aires. Quando Keops parecia decolar na carreira de fisioculturista, as dificuldades quase o fizeram desistir de tudo.
"Mas não consegui o apoio que precisava para participar da competição e fiquei muito frustrado. Fiquei depressivo, passei a beber e acabei passando dois anos em off", conta.
O atleta voltou aos treinos e às competições em 2018, contando com o apoio da prefeitura de Palmeira dos Índios e hoje acumula 18 troféus. "Fui o primeiro alagoano a ser campeão sul-americano e agora sou o primeiro alagoano e palmeirense a representar o Brasil em um evento mundial. Foi uma honra muito grande ficar entre os dez melhores do mundo", declarou.