Justiça

Caso Genivaldo: Câmara convoca ministro da Justiça para esclarecimento

Comissão de Direitos Humanos aprovou por 10 votos a 7 a convocação de Anderson Gustavo Torres para explicar ação da PRF na morte dentro de viatura

Por iG Último Segundo 01/06/2022 21h09
Caso Genivaldo: Câmara convoca ministro da Justiça para esclarecimento
Genivaldo de Jesus Santos foi morto dentro de uma viatura da PRF - Foto: Montagem iG - 26.05.2022

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1), a convocação do ministro da Justiça, Anderson Gustavo Torres, para prestar esclarecimentos sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe . Também foi aprovada a convocação do diretor da PRF, Silvinei Vasques.

“A Comissão de Direitos Humanos é a comissão que deve se debruçar diante de uma violação brutal. Sei que todos os deputados, seja do governo, seja da oposição, todos nós ficamos indignados com o assassinato do Genivaldo naqueles termos com a câmara de gás”, afirmou Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente do colegiado.

No dia 25 de maio, Genivaldo foi detido, agredido e fechado no porta-malas da viatura da PRF com uma bomba de gás lacrimogêneo. Ele morreu antes de chegar ao hospital. Ele deixou mulher e um filho e oito anos.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima sofreu asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A PF abriu um inquérito para investigar a ocorrência, ocorrida na BR-101 no município de Umbaúba.

O requerimento para as convocações de Anderson Torres e Silvinei Vasques foi aprovado por 10 votos a favor e 7 contra. Alexandre Frota, um dos deputados que apresentaram a demanda, pediu esclarecimento sobre as imagens do ocorrido, que circularam nas redes sociais.

"As ações cometidas são desumanas. A violação dos direitos humanos do cidadão em referência são absurdas e inaceitáveis", enfatizou Frota (PSDB).

"É evidente que não estamos diante de um caso de utilização de força necessária à condução de indivíduo que esboçou atos de resistência, mas, sim, de mais um episódio de atos executórios que demonstram o desprezo pela vida humana, elemento tão marcante deste governo", afirmou o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede).