Educação

Equipe do Ifal Palmeira é medalhista em Olimpíada Brasileira de Robótica

Na competição, os estudantes são desafiados a solucionar desafios práticos

Por 7segundos 02/09/2022 09h09
Equipe do Ifal Palmeira é medalhista em Olimpíada Brasileira de Robótica
Ramon Alves, Nicolas Rafael da Silva, Rickson Jacó Cardoso e Luana Vanessa de Moura formaram a equipe, sob orientação do professor José Torres. - Foto: 7segundos

Uma equipe do Campus Palmeira dos Índios conquistou na última sexta-feira (26) uma medalha de bronze na Etapa Estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) 2022. Ramon Alves, Nicolas Rafael da Silva, Rickson Jacó Cardoso e Luana Vanessa de Moura, todos do curso técnico integrado em Eletrotécnica, alcançaram o resultado após três rodadas da competição, realizada no Centro Universitário Cesmac.

O evento contou com a participação de equipes de instituições particulares e públicas do estado de Alagoas. Ele é realizado anualmente, com o objetivo de estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar jovens talentosos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro.

Na competição, os estudantes são desafiados a solucionar desafios práticos. Neste ano, por exemplo, eles tiveram que pensar em uma forma de resgatar vítimas sem a interferência humana.

Os alunos do Campus Palmeira foram orientados pelo professor José Torres, que os preparou ao longo do primeiro semestre deste ano, por meio de aulas e pesquisas sobre programação, mecânica e eletrônica, realizadas no Laboratório de Robótica da unidade. Mas isso não quer dizer que o percurso foi fácil para eles. Nicolas comentou que como a formação do Ifal não é voltada para a área de competição, há falta de referências anteriores para a resolução dos problemas apresentados, por isso “a experiência foi incrível e ao mesmo tempo assustadora”.

“O início do projeto foi bem pouco entusiasmado, já que era a primeira vez que iríamos competir em uma olimpíada brasileira de robótica. Houve muitas dificuldades com relação à programação do robô, pois os participantes não podem ser auxiliados por professores, e suas criações devem ser originais. Em contrapartida, o evento foi muito receptivo com a chegada não só da nossa equipe estreante, mas com diversas equipes que não faziam parte daquele meio, ou mesmo eram de localidades distantes”, comentou Nicolas.

O estudante completa que a participação da equipe foi marcada por altos e baixos. “Momentos de tensão quando o nosso robô perdeu a roda, na metade do percurso; momentos de emoção, quando vimos que, mesmo o nosso [robô] fazendo metade do circuito, ele ainda poderia estar no pódio da competição. O mais gratificante é que com o que nós tínhamos, fizemos o suficiente, isso irá abrir mais portas para as novas equipes que virão, já que somos concluintes do terceiro ano”, planeja Nicolas.

Para o orientador da equipe, esse tipo de competição ajuda na retenção dos alunos e diminui a evasão escolar, além de os direcionar para uma carreira acadêmica bem-sucedida. “Em boa parte dos casos, os alunos tendem a continuar seus estudos sobre o tema em cursos de nível superior, na área de exatas, como é o caso de Ramon e Nicolas, que pretendem seguir carreira acadêmica no curso de Engenharia Elétrica”, pontua José Torres.

"Eu já pensava em seguir no curso engenharia, para mim a engenharia elétrica era uma área que me chamava muita atenção e despertava um grande interesse em mim. Ter essa nova experiência de participar da OBR de ter contato com alunos do curso, ver seus projetos e saber de suas experiências, me trouxe a certeza de seguir no curso", comentou Ramon.