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Ministério Público oferece denúncia contra sargento suspeito de matar feirante em Palmeira dos Índios

O sargento se apresentou na Central de Flagrantes, em Maceió, e está preso desde 25 de dezembro de 2024

Por 7Segundos com Assessoria 16/01/2025 17h05 - Atualizado em 16/01/2025 18h06
Ministério Público oferece denúncia contra sargento suspeito de matar feirante em Palmeira dos Índios
O sargento se apresentou na Central de Flagrantes, em Maceió - Foto: Ascom

O sargento da Polícia Militar apontado com responsável pelo assassinato da feirante Solange Silva, 44 anos, crime ocorrido em novembro de 2024 em Palmeira dos Índios, foi denunciado nesta quinta-feira (16), pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), representado pela 6ª Promotoria de Justiça daquela comarca. Solange foi assassinada dentro de um quarto de hotel, aumentando o índice de feminicídio em Alagoas e no Brasil.  

Em princípio, o militar teria relatado em depoimento que a morte da feirante foi suicídio, porém as investigações deram outro rumo ao caso, derrubando a sua versão. Por esse motivo, contra o policial, foi expedido um mandado de prisão. 

Diante das evidências, o promotor de Justiça Márcio Dória decidiu denunciar o sargento que se encontra detido no Presídio Militar Major João Kyllderis Cardoso Moreira em Maceió.

Parte da denúncia destaca que o Laudo do Instituto de Criminalística descartou a hipótese de suicídio ou acidente, já que não havia arma no local, e as características do disparo não são compatíveis com autolesão. 

Do mesmo modo, não foram encontradas manchas de sangue típicas de suicídio, como backspatter (gotículas projetadas para trás). Concluindo assim, por como “ocorrera uma morte violenta, com emprego de instrumento de ação perfurocontundente (projetil de arma de fogo)”.

E continua: "resta, portanto, o denunciado como incurso nas penas do crime previsto no art. 121-A, §1°, inc. I e II (feminicídio), do Código Penal, praticado no contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher", relata a denúncia feita pelo promotor de justiça.

“O laudo da Polícia Científica afastou qualquer possibilidade de sustentação da versão do suspeito, caracterizando que os disparos foram desferidos por terceiros, ou seja, que houve um feminicídio.

E o suspeito era quem se encontrava com a vítima no momento do fato, com essa afirmação do laudo oficial o Ministério Público cumpre o seu papel ao ofertar denúncia em desfavor do militar que deverá ser submetido a julgamento popular para que a justiça seja feita”, declara o promotor Márcio Dória.

Pela barbárie, o Ministério Público pede a condenação do acusado pela prática do feminicídio com pena que pode chegar a 40 anos de prisão, bem como que seja fixada indenização no valor mínimo de 100 salários mínimos para a família da vítima S.S. A vítima e o suspeito teriam um relacionamento amoroso e a morte teria sido motivada por ciúmes.

O sargento se apresentou na Central de Flagrantes, em Maceió, e está preso desde 25 de dezembro de 2024.