PP rejeita candidatura de Sergio Moro ao governo do PR e amplia impasse em federação com o União
Decisão opõe dirigentes das duas siglas, que solicitaram o registro da aliança na última semana
A direção do Progressistas (PP) no Paraná decidiu nesta segunda-feira (8), por unanimidade, que não apoiará e não dará aval a uma candidatura do senador Sergio Moro (União) ao governo do estado em 2026.
A decisão coloca em campos opostos dois partidos que negociam, desde o início do ano, a formação de uma federação partidária. A aliança entre PP e União Brasil acumula divergências locais e já tem provocado a saída de alguns políticos.
Dirigentes do Progressistas argumentam que Moro não foi capaz de construir consenso e consolidar apoio dentro do partido. Sem esses dois fatores, dizem, será impossível registrar uma candidatura única pela federação.
As federações são alianças que unem duas ou mais siglas por, no mínimo, quatro anos e que obrigam o registro de candidaturas unificadas.
A deliberação do PP foi criticada por dirigentes do União Brasil. O presidente nacional, Antonio Rueda, disse que a sigla vai insistir na "homologação da candidatura" de Sergio Moro e criticou o que classificou de "vetos arbitrários".
O União Brasil mantém o desejo de lançar o nome do senador ao governo do Paraná, indicando que ele lidera as pesquisas. O PP, por outro lado, integra a base do atual governador, Ratinho Júnior (PSD), o que reforça a resistência à candidatura de Moro.
Rueda e o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, sinalizaram que o assunto ainda deverá ser debatido entre as lideranças da federação. Na segunda, Ciro afirmou que espera que a divergência não atrapalhe a formalização da aliança.
Batizada União Progressista, a federação aguarda aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para existir definitivamente. As duas siglas deram entrada no pedido de registro na última semana.
Um dos principais nomes do PP no estado, o deputado federal Ricardo Barros afirmou ao g1 que não há possibilidade de mudança na orientação partidária e que o Progressistas não apoiará Moro em 2026.
Ele chegou a sugerir que o senador procure outra sigla caso queira disputar o governo do Paraná.
O estatuto da federação — ainda sob análise do TSE — prevê um rito para impasses desse tipo. Se a divergência persistir nas convenções de cada partido no próximo ano, caberá à direção nacional da federação definir o candidato da aliança.
Nas redes sociais, Rueda declarou que sua intenção é “dialogar com o Progressistas no âmbito da federação, buscando o melhor para o Paraná e para a aliança”.
Já Ciro Nogueira afirmou, após reunião em Curitiba, que não interferirá na decisão tomada pela direção estadual do PP.
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