Alagoas

Caso PC Farias: peritos acreditam que o crime foi passional

Para eles, Suzana matou o empresário e, em seguida, cometeu suicídio

08/05/2013 17h05
Caso PC Farias: peritos acreditam que o crime foi passional
Assessoria/TJ/AL
Thallysson Alves

Os peritos do Caso Paulo César Farias começaram a serem ouvidos na tarde desta quarta-feira (08). A primeira perita a ser ouvida foi Anita Buarque de Gusmão, que na época fez o primeiro levantamento dos detalhes do local do crime através da coleta de material, fotografias e impressões. O segundo foi Nivaldo Cantuária, que pôs em cheque a certeza do laudo dado na época, o terceiro José Lopes Filho e o quarto Gerson Odilon Pereira.

Anita acredita que a cena do crime não foi alterada para a chegada da perícia. Ela também afirmou que foram abertas as vestes do empresário e quando o corpo foi virado jorrou muito sangue. “A minha conclusão, junto com meus colegas, foi de que houve um homicídio seguido de suicídio. Isso baseado apenas no estudo do local e observando as fotografias. Quando Badan Palhares chegou, a gente já tinha uma dinâmica do acontecido”, relatou.

O outro perito, José Lopes Filho, acredita que o disparo da arma de fogo atingiu PC Farias com uma distância de mais de um metro e Suzana Marcolino foi atingida sentada com a arma quase que colada. “A arma não foi suja de sangue porque o líquido só sai do corpo após uns cinco segundos após a entrada do ar”, explicou.

Método não é confiável

Nivaldo Cantuária, perito que também prestou depoimento hoje, destaca que o método científico usado nas mãos de Suzana para descobrir se matou o marido não é confiável, pois pode dar falso positivo. “No laudo foi encontrado alumínio, enxofre, cloro e potássio. Mas vale lembrar que na água que temos em nossa casa contém cloro”.

“Não houve violação ao exame”

Gerson Odilon concordou com os outros peritos e disse o corpo de Suzana media 1,67m. Ele falou que os corpos são lavados somente com água e brincou ao dizer que “o detergente está muito caro”. “Se eu tomei a decisão, com meus colegas, de construir um laudo técnico é porque nós queríamos dar a verdadeira resposta à Justiça. Então, eu posso garantir que não houve violação ao exame que fizemos”.

No entanto, a perita Anita Buarque revelou que a equipe não tinha equipamentos adequados para realizar o trabalho. “Era para a gente ter usado água destilada”, disse, sorrindo, quando se lembrou do exame que fez nas mãos do casal usando água entregue pelos funcionários de PC Farias.