Blog do André Avlis

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No duelo entre o favoritismo e a estratégia, prevaleceu a tradição. Deu Palmeiras

Após empate de 1 a 1 no Mineirão e com 0 a 0, no Allianz Parque, Palmeiras consegue eliminar o Atlético-MG através do critério de desempate

29/09/2021 08h08
No duelo entre o favoritismo e a estratégia, prevaleceu a tradição. Deu Palmeiras

A grande maioria das previsões e prognósticos sucumbiram. Porque deu Palmeiras.

Após o 0 a 0 de um primeiro jogo fraco, ruim e sonolento, Palmeiras e Atlético-MG se enfrentaram no Mineirão, em Belo Horizonte. O 1 a 1 no placar deu a classificação para o time paulista. Uma vez que o famigerado gol qualificado fora de casa ainda serve como critério de desempate na Libertadores.

Agora, o Palmeiras espera o classificado de Barcelona-EQU e Flamengo. A final será no dia 27 de novembro, no Estádio Centenário, em Montevideo, no Uruguai.

O jogo: Análise e Opinião.


A expectativa de um jogo melhor foi concretizada. Até porque o nível não poderia ser tão ruim como no jogo de ida - onde o Atlético foi superior e teve mais volume de jogo, diante de um Palmeiras pouquíssimo ofensivo.

Houve, no jogo de ontem, a manutenção na estrutura tática do Atlético e a mudança no sistema do Palmeiras.

O Galo manteve seu esquema de 4-4-2 habitual com bastante movimentação de seus homens de criação e de ataque. Já o Verdão teve seu esquema modificado para o 3-5-2 bem definido.

Diferente da primeira partida, o time de Abel Ferreira teve mais ofensividade. Especialmente em contra-ataques e nas transições ofensivas. Teve, também, mais a bola - se compararmos com o jogo no Allianz Parque.

Já o time de Cuca, não teve tanto volume de jogo quanto no jogo passado, mas manteve a posse de bola e tomava as iniciativas ofensivas. Teve algumas chances. Principalmente quando conseguiu tomar a bola no campo de ataque, fazendo o "perde" pressiona.

Foi mais uma vez um jogo entre um time com muito recurso técnico, contra outro com bastante eficiência tática. No entanto, a estratégia que deu resultado foi a do Palmeiras.

Abel montou o time no 3-5-2 para aproximar e povoar seu meio de campo, dobrar a marcação nas laterais e barrar as subidas, especialmente, de Guilherme Arana. O sistema variava quando as linhas baixavam. Os laterais recuavam e outra linha, de cinco defensores, era criada.

Foi assim que alguns pontos fortes do Atlético foram anulados. Principalmente quando seus meias ficavam encaixotados na marcação alviverde. Fazendo com que o Hulk, por exemplo, saísse demais da área para tentar criar situações.

O Palmeiras executou a estratégia estabelecida pelo seu técnico quase que de forma brilhante. Não teve o futebol mais técnico, mais vistoso ou mais ofensivo. Muito menos encantador. Mas foi amplamente eficiente nos conceitos e princípios da parte tática.

Ficou com a vaga um dos que mais participaram da competição, que mais fez gols, que mais jogou, que mais venceu jogos e que chega agora à sexta de um campeonato que é necessário ser efetivo, eficiente e cascudo.

Se a camisa pesa, eu não sei. Mas dentre todos os aspectos postos neste confronto, prevaleceu a tradição. E ela é algo que não se compra.

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