A manhã desta terça-feira (09) veio com uma nova rodada de pesquisas, desta vez do Ibrape, com novos números para o governo do estado. A novidade da pesquisa, além da já conhecida liderança do senador Rodrigo Cunha (PSDB), é a ascensão do deputado Paulo Dantas (MDB), ungido á condição de pré-candidato do consórcio político liderado por Arthur Lira, Marcelo Victor e o governador Renan Filho (MDB).

Mas antes de analisar o cenário, vamos ao números divulgados por um portal de internet:

Rodrigo Cunha – 30%
Paulo Dantas – 18%
Jó Pereira – 7%
Indecisos – 26%
Brancos/nulos – 19%

Neste único cenário divulgado, há 11 meses da eleição, Rodrigo Cunha aparece consolidado na primeira posição, como já era de se esperar. Cunha era, até bem pouco tempo, o único pré-candidato posto no processo eleitoral, além de realizar um mandato técnico e geralmente bem avaliado pelo eleitor. O senador tem ainda o chamado ‘recall’, a memória recente do eleitorado, por ter vencido de forma consagradora em 2018.

Mas as grandes surpresas aparecem mesmo atrás de Rodrigo. Paulo Dantas (MDB) era, até meados deste ano, um dos mais discretos deputados da assembleia. Apesar de liderança consolidada no sertão alagoano, falava-se pouco ou nada dele na capital – a não ser, claro, em seus redutos eleitorais. O sinal verde dado pelo grupo Arthur/MV/Renan Filho fez Dantas investir pesado na promoção da sua imagem nos últimos meses, e isso vem dando resultado. Hoje, o deputado é um forte concorrente ao palácio Zumbi dos Palmares.

Outra boa surpresa – talvez a maior do cenário, sejam os 7% atribuídos a Jó Pereira. Se considerarmos os números absolutos de eleitores do estado, Jó teria, já de largada, mais que o dobro dos votos que teve como deputada estadual em 2018 – o que é um indício de que Jó furou a bolha dos redutos eleitorais. Outro ponto que conta a favor da deputada é que seu nome foi pouco falado na sucessão estadual – no máximo, como candidata a vice, mas jamais cogitada nos círculos políticos como cabeça de chapa.

Há ainda um último ponto a ser destacado: o alto número de indecisos. A cada quatro eleitores, um ainda não sabe em quem votar para governador do estado. Isso torna o cenário ainda totalmente aberto, o que pode incluir um nome alheio a esse trio.

Para a pesquisa foram feitas 2 mil entrevistas em 45 municípios do estado (incluindo a capital) entre 30 de outubro e 02 de novembro, e o intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.