O deputado Paulão (PT) jogou ainda mais lenha na fogueira das declarações sobre os atos antidemocráticos ocorridos no último domingo (08). O deputado respondeu a uma provocação do vereador e deputado federal eleito Fábio Costa (PP), afirmando que Paulão era um indiciado pela justiça.

As declarações foram dadas nesta terça-feira (10) ao programa Na Mira da Notícia, na Rádio Gazeta FM Arapiraca. O noticiário é um produto do Grupo 7 Segundos, e vai ao ar de segunda a sexta, das 18 às 19 horas.

O petista foi um dos citados na Operação Taturana, desencadeada pela Polícia Federal em 2007, que desbaratou um esquema de empréstimos ilegais feitos em nome da Assembleia Legislativa em favor de deputados estaduais, cargo de Paulão na época.

"Um vereador, futuro deputado federal, que diz que eu fui indiciado [se referindo a Fábio Costa]. É verdade, eu fui indiciado, mas das três tipificações, em duas eu fui inocentado pela ministra Rosa Weber, e a terceira tá caminhando pro arquivamento”, respondeu o petista.

Em resposta, Paulão levantou a participação do delegado no que chamou de “chacina” de 11 investigados por assalto e explosão de bancos, episódio ocorrido em 2018. “[Fábio Costa tenta] de forma mais uma vez covarde, desviando o foco, quando eu poderia citar também que ele foi responsável por uma chacina que ocorreu em Santana do Ipanema, quando ele comandava. Vários cadáveres estendidos numa caminhonete”, afirmou.

Ainda citando indiretamente o delegado, Paulão ironizou o fato de algumas personalidades políticas agora defenderem enfaticamente os direitos humanos, diferente do que faziam há pouco tempo atrás. “Algumas figuras que arrotavam aqui em Alagoas que bandido bom é bandido morto, todos estão silenciosos, igual a avestruz, que quando tem medo bota a cabeça no buraco. Estão com síndrome de avestruz”, disse o petista.

Afiado contra Fábio Costa, Paulão preferiu não cutucar o governador Paulo Dantas (MDB), que demorou para desmontar o acampamento bolsonarista localizado em Maceió. “[A demora foi] o peso do exército. Porque nesse processo o exército deu todo aval. As autoridades tiveram medo, e outras vezes conveniência, porque várias dessas autoridades foram eleitores do Bolsonaro”, disse, referindo-se ao MP/AL e membros do judiciário alagoano.