Professor Abel
Prova de Química do Enem surpreende pela previsibilidade — e professora Shenia acerta temas antes da abertura dos portões.
A prova de Química do Enem deste ano trouxe um misto de equilíbrio, abordagem contextualizada e, segundo a professora Shenia Souza, da Academia de Química, uma surpreendente coerência com o que havia sido previsto na revisão final. Em entrevista concedida ao portal Sete Segundos, momentos antes da abertura dos portões, Shenia comentou sobre os conteúdos mais prováveis — e acertou em cheio.
Ao analisar os primeiros itens da prova, ainda durante a saída dos estudantes, a professora destacou que o exame se mostrou “agradável para quem estudou”, embora não necessariamente simples.
“Em um parecer geral a respeito da prova, a prova veio de Química agradável — não fácil, fácil, fácil — mas agradável para quem estudou. Até então, das questões que eu vi, não tem nenhuma extremamente absurda. E o bom é que quem estudou comigo na revisão, na aula que eu fiz sexta à tarde e ontem de manhã, viu muita coisa que eu comentei cair na prova. São questões de aplicações do dia a dia, úteis e relacionadas ao conteúdo”, comentou a professora.
Questões mais trabalhosas envolveram cálculos e físico-química
Após avaliar o exame com mais calma, Shenia explicou que alguns itens exigiam atenção redobrada:
“A prova teve umas duas ou três mais ‘salgadinhas’. Uma delas era extremamente chatinha de resolver porque tinha bastante cálculo, além de parecer grande na resolução. A maior parte das questões estava relacionada à físico-química, conteúdo geralmente estudado no segundo ano do ensino médio.”

Cálculo estequiométrico: exatamente o que ela havia previsto
Um dos momentos mais impressionantes da análise foi quando Shenia reconheceu na prova exatamente o tema que havia antecipado horas antes.
“Essa questão é exatamente do assunto que eu comentei na entrevista antes da prova. Eu disse que ia cair cálculo estequiométrico — e caiu. A questão é uma das mais difíceis porque envolve duas exigências: o caso de reagente em excesso e o de rendimento. É uma questão com regra de três, conversão e duas situações que precisam de raciocínios distintos.”

Outra questão de rendimento também chamou atenção:
“Ela pedia para calcular o rendimento de 80%. Envolvia cálculo estequiométrico e estudo dos gases. O aluno precisava usar fórmula, regra de três e interpretar volumes. E eu fiquei feliz, porque fiz exatamente esse tipo de exercício na revisão gratuita que dei na sexta-feira e no sábado.”

Química orgânica acessível e introdutória
Nem tudo, porém, exigiu cálculos complexos. Houve questões acessíveis, especialmente de orgânica:
“É nível médio pra fácil. O aluno precisava saber a reação de oxidação de álcool secundário produzindo cetona e a partir daí contar quantos carbonos, hidrogênios e oxigênios estavam representados. Cada carbono tem quatro ligações — então bastava observar os ‘tracinhos’ e completar os hidrogênios que não estavam explícitos. É conteúdo introdutório, visto no primeiro bimestre de orgânica em qualquer escola, pública ou privada.”
Conclusão
A análise da professora Shenia reforça um ponto essencial: o Enem cobra raciocínio, domínio de fundamentos e estudo contínuo. Quando o aluno domina o conteúdo e passa por uma preparação de alto nível, a prova deixa de ser um mistério e se torna um terreno possível.
Estudar com constância, revisar com estratégia e compreender os temas de base continuam sendo os pilares para um bom desempenho no exame.
Sobre o blog
Thiago Abel, mas podem me chamar apenas de Abel. Professor, e inquieto por natureza. O objetivo do blog é observar o que de fato importa no cotidiano do povo arapiraquense e tudo que influencie em nossas terras.
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