Ana Maria se contradiz, usa discurso da 'consciência humana' e é criticada
Internautas criticaram o discurso da apresentadora no Twitter

A apresentadora Ana Maria Braga causou uma contradição ao encerrar o seu programa hoje, Dia da Consciência Negra.
A data, usada para refletir sobre condições históricas e atuais dos negros na sociedade, contou com o discurso de "consciência humana" de Ana.
"A gente não precisa de um dia da consciência negra, branca, parda, amarela, albina. A gente precisa de 365 dias de consciência humana", disse ela, atribuindo a frase a Thiago Saraiva.
A apresentadora endossou a afirmação, dizendo "que assina em baixo com todo o coração".
Contradição
A frase cria o sentido de igualdade racial no Brasil, fruto de um mito de que aqui existe uma democracia racial, como defendido por Gilberto Freyre e adotada no país após a abolição da escravidão.
Mas ela não há. Segundo dados do Pnad, negros (definidos pelo IBGE como pretos e pardos) tem maiores dificuldades de acesso à moradia: 7 em cada 10 que moram em casas com inadequação são pretos ou pardos.
A desigualdade também sentida na vulnerabilidade: mulheres negras têm 64% mais riscos de serem assassinadas quando comparadas com mulheres brancas.
A data, no dia da morte de Zumbi dos Palmares, existe para refletir e exigir mudanças nessas questões e em outras, como as desigualdades de acesso à educação e de oportunidades no mercado de trabalho.
Críticas na web
Os telespectadores perceberam a falta de coerência e comentaram nas redes sociais.
"Começando meu dia da paciência negra ouvindo a Ana Maria Braga soltando o 'dia da consciência humana'", escreveu uma seguidora. Ela ainda questionou se Ana não teria alguém na equipe para apontar que a ideia não era bem-vinda.
Outra lembrou do episódio que aconteceu ontem, com um homem morto por um segurança e um policial militar em uma loja do Carrefour no Rio Grande do Sul.
A frase usada por Ana também é atribuída — e, curiosamente, divulgada no Dia da Consciência Negra — ao ator Morgan Freeman. Ele deu a declaração em uma entrevista em 2009 e, no Brasil, pessoas questionam um dia de reflexão sobre questões raciais usando a frase.
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