Jafar Panahi: entenda por que diretor não pôde ir a Cannes por 15 anos
O cineasta Jafar Panahi passou 15 anos sem poder ir ao Festival de Cannes devido à repressão política em seu país natal

Apesar de ter sido reconhecido pelo seu trabalho como cineasta diversas vezes, inclusive no próprio Festival de Cannes, Jafar Panahi comparece pela primeira vez na premiação, após 15 anos, nesta terça-feira (20/5).
Ele assina a direção do longa Um Simples Acidente, que se junta a outras produções iranianas inscritas na competição pela Palma de Ouro ou que apenas exibidas no festival nos últimos anos. O filme foi financiado por produtores franceses e gravado clandestinamente, como forma de contornar a repressão do regime dos aiatolás.
“O que começa como um pequeno acidente desencadeia uma série crescente de consequências”, limita-se a dizer a sinopse do filme.
Ida a Cannes
Pela primeira vez, desde sua condenação em 2010, o cineasta dissidente poderá participar de um festival internacional de cinema, informou uma fonte próxima a ele à AFP, na segunda-feira (19/5).
Ainda segundo a fonte, o diretor conseguiu deixar Teerã (Irã) com a equipe para chegar à cidade francesa. Panahi também ficou preso por vários meses entre 2022 e 2023.
Durante os anos de prisão, o iraniano foi vencedor de diversos prêmios que não conseguiu receber pessoalmente. A lista inclui o Urso de Ouro em Berlim em 2015 por Taxi Teerã; o prêmio de Melhor Roteiro por 3 Faces, em Cannes 2018; e o Prêmio Especial do Júri em Veneza, em 2022, por Sem Ursos.
Em 2000, ele foi reconhecido com o Leão de Ouro, por O Círculo. Panahi competiu pela última vez no Festival de Cannes em 2021, com o documentário The Year Of The Everlasting Storm, que foi exibido na mostra de sessões especiais.
Ano passado, a presença de outro iraniano também foi uma surpresa no festival francês. Mohammad Rasoulof cruzou clandestinamente a fronteira para a Turquia para chega a Cannes. Ele acabou ganhando o Prêmio Especial do Júri por A Semente do Fruto Sagrado.
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