ASA

De gandula à ídolo, Didira o garotinho da vila

Por Victor Hugo/ 7 Segundos 07/11/2014 08h08
De gandula à ídolo, Didira o garotinho da vila
Didira em partida vestindo a camisa do ASA - Foto: Irlan Rocha7Segundos

Nascido em Arapiraca, criado no gramado do Fumeirão, Cícero dos Santos ou simplesmente “Didira”, não se destaca apenas nas quatro linhas do campo de jogo, mas também fora delas. Garoto de infância difícil, sempre teve como qualidade a humildade. A relação de amor e identificação com o ASA vem desde pequeno. Quando criança Didira foi gandula do clube e hoje é o camisa 10.

"Eu comecei como gandula. Trabalhei assim por dois anos na equipe do ASA e tive a oportunidade de subir para a equipe profissional em 2007 quando o técnico era Edson Leivinha. Estreei logo em um clássico contra o CSE, em Arapiraca e Deus me ajudou e consegui marcar um gol. Foi um momento muito bom pra mim” disse o meia.

Em 2009, com a chegada do técnico Vica, que trouxe o experiente lateral direito Flávio, foi deslocado para jogar no meio campo, onde se adaptou e continua atuando.

“Gosto muito de atuar no meio, mais próximo dos homens de frente”, destacou.

Em 2011, Didira teve uma breve passagem pelo Atlético-MG, onde atuou em duas partidas entrando durante o segundo tempo. Mas o meia não conseguiu se adaptar e retornou a Arapiraca para defender mais uma vez as cores do ASA e diz não ter se arrependido da decisão.

“Não me arrependo do que eu faço, do que aconteceu. Isso acontece na vida de qualquer jogador, houve uns problemas quando eu estava no Atlético. Foi uma boa oportunidade e infelizmente aconteceram coisas que não eram pra acontecer. O que importa é que eu estou feliz, tranqüilo pronto pra trabalhar no ASA. E agora é esperar uma nova oportunidade, para que eu possa agarrar com as duas mãos e ir embora, pensando no meu futuro. Só que por enquanto preciso pensar no ASA e dar o meu melhor no ano de 2015”, destacou.

O atleta falou ainda que o ano de 2014 foi muito especial para ele, um ano que marcou pois ele voltou a desempenhar um bom futebol com a camisa do Alvinegro. Tanto é que ao final dessa temporada o jogador revelou que recebeu propostas de 5 equipes do futebol brasileiro e uma do futebol chinês. Ponte Preta-SP, São Bernardo-SP, CSA-AL, CRB-AL e Santa Cruz-PE. Mas preferiu renovar contrato com o ASA e para ele a maior motivação para isso foi a permanência do técnico Vica e a proposta que recebeu.

“A permanência do Vica e a proposta que o ASA me fez foi muito boa, eu ainda não tinha recebido aqui uma valorização muito boa, então isso foi o que me motivou a permanecer aqui”.

E ainda completou falando se esse não seria o momento certo de ter saído, pensando em seu futuro profissional.

“Não adianta eu sair e não esta com cabeça boa para trabalhar em outro lugar, então aqui eu estou feliz, a proposta foi boa e no momento certo as coisas vão acontecer e vai aparecer uma proposta melhor para mim devido ao acordo que fiz com o ASA, então eu estou feliz em esta aqui novamente”, acrescentou Didira.

O meia falou sobre a transferência de Jorginho para o Linense-SP e desejou boa sorte ao amigo, já que o volante assim como Didira veio da base do ASA.

“Um momento bom para ele, torço muito para que Deus o abençoe. Se ele tomou essa decisão de disputar um Campeonato Paulista que é um campeonato bom, que pode dar visibilidade ao atleta, espero que ele possa dar o seu melhor assim como fez aqui e que possa conquistar o objetivo dele”. Finalizou o atleta.

Com 26 anos, Didira renovou seu contrato com o ASA por mais um ano, e existe uma cláusula no novo contrato que se caso aparecer um clube interessado na compra do meia, o time libera e recebe uma parcela do valor da venda. Essa é a oitava temporada do jogador vestindo a camisa do Alvinegro arapiraquense.