Competidor de Alagoas é campeão em evento nacional de jiu-jitsu
Ele é natural do Rio Grande do Norte mas adotou Alagoas há onze anos, quando se transferiu pra Maceió após aceitar uma proposta de trabalho. Alessandro Fernandes, mais conhecido como “Feliz”, pratica jiu-jitsu desde os 13 anos e, na última semana, sagrou-se campeão em sua categoria no Brazil National Pro Jiu-Jitsu Championship, evento sediado em Brasília.
A participação do atleta, que representa a academia Kimura Nova União, só foi possível porque alguns alunos o apoiaram financeiramente, pois embora Alessandro Fernandes seja reconhecido como um atleta de altíssimo nível, não recebeu nenhum tipo de incentivo por parte do governo estadual ou municipal.
“Atualmente eu conto apenas com a colaboração de um empresário local, que mensalmente me dá uma pequena verba para auxiliar em minha suplementação alimentar. Todo o resto é por minha conta. É muito difícil representar Alagoas em eventos fora do Estado, pois o atleta precisa arcar com todos os custos do deslocamento, da hospedagem e extras”, lamentou Alessandro.
O próximo objetivo de “Feliz” é o campeonato Sul-Americano de Jiu-Jitsu, que será realizando em Barueri, no mês de novembro. Mas para participar da competição o faixa preta já está em busca de parceiros que possam custear os gastos com a passagem aérea e a hospedagem. Em seu currículo, Alessandro Fernandes coleciona vários títulos nacionais e locais, entre eles o 3º lugar no Campeonato Brasileiro e a manutenção do título alagoano em sua categoria desde 2009.
“Hoje o jiu-jitsu representa quase tudo em minha vida. Eu treino de manhã e dou aulas às tardes e noites. O resto do tempo eu estou trabalhando em minha loja porque, infelizmente, não dá pra se manter apenas do esporte em Alagoas. O atleta aqui paga pra treinar, paga pra lutar, arca com todos os custos das competições e, mesmo assim, eu não me vejo fazendo outra coisa”, afirmou.
Campeonato de destaque nacional em Brasília
Falando sobre o Brazil National Pro Jiu-Jitsu Championship, evento em que foi campeão em sua categoria, Alessandro destaca a organização e o respeito com o atleta. “De todos os campeões das categorias, eu era o único desconhecido. Depois que tive minha foto publicada nas redes sociais, fiquei impressionado com o reconhecimento instantâneo e com a dimensão do público que admira o jiu-jitsu no Brasil”, disse.
Para conseguir o lutar mais alto do pódio, o atleta fez duas lutas, uma com um oponente de Sergipe e outro da Bahia. Segundo Feliz, as três primeiras colocações de sua categoria mostram como está o crescimento da “arte suave” no Nordeste. “No meio de centenas de atletas, vimos vários nordestinos podiando em todas as categorias. A galera do Nordeste está representando com força seus Estados e a única coisa que nos falta é o incentivo e as oportunidades, coisas que os competidores de Estados do sul e sudeste brasileiro possuem”, destacou.
Triste com a realidade atual do jiu-jitsu alagoano, que não possui acessibilidade nos órgãos públicos responsáveis pelo esporte, Feliz ressalta que para mudar o panorama é preciso que os gestores olhem com outros olhos para os atletas, pois o esporte é uma forma muito eficaz de levar o nome de seus apoiadores ao público em geral.
“Espero que essa triste realidade mude um dia, pois somos um celeiro de grandes atletas, com um potencial imensurável, mas que cansam de bater às portas e receberem apenas negativas como resposta. Investir no esporte é investir na mudança de vida de muita gente e tem muito atleta dando seu máximo nas academias esperando apenas uma oportunidade”, desabafou.
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