O Internacional não vai buscar indenização ou apoio financeiro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) após a lesão de Valdívia. O meia-atacante rompeu os ligamentos do joelho esquerdo em amistoso da seleção olímpica e ficará pelo menos seis meses parado, mas o Colorado entende que o debate junto à entidade geraria mais desgaste que benefício. Existe, no fundo, um medo de retaliação pelo processo.

Pela Lei Pelé, a CBF deveria bancar os salários de Valdívia durante seu período de recuperação da cirurgia no joelho esquerdo. A lesão foi contraída nos primeiros minutos do jogo entre Brasil e Estados Unidos e o procedimento realizado em Porto Alegre, à custa do Inter.

"É impossível a gente entrar em acordo com a CBF", disse Carlos Pellegrini, vice de futebol do Inter à TV Bandeirantes de Porto Alegre.

Internamente o tema é visto de forma bem mais ampla. Além dos valores, o simples pedido de indenização daria margem para conflito. E justamente no momento em que os clubes se organizam para criação de uma liga independente e com cunho político, a Sul-Minas-Rio (chamada de Primeira Liga). O receio não é pequeno entre os dirigentes.

Valdívia marcou 19 gols em 53 partidas oficiais pelo Inter na temporada. Passou de promessa a figura central da equipe ainda com o técnico Diego Aguirre. Com o novo treinador, Argel Fucks, só não foi titular em uma partida – por contra de outro amistoso da seleção olímpica. O retorno dele está previsto para maio de 2016.