Zagueiro do River, Índio é punido com um ano de suspensão por Doping
O zagueiro Índio, do River-PI, foi punido pela Quinta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com um ano de suspensão após ter sido pego no exame antidoping feito na Copa do Brasil. A substância encontrada no organismo do atleta foi a "Benzoilecgonina” – derivada do metabolismo da cocaína no organismo. Em defesa por escrito, Índio admitiu o uso da droga após uma partida "em comemoração com os amigos". Com o gancho, o zagueiro não irá mais jogar a Série C do Brasileiro. A decisão cabe recurso, podendo ir ao Pleno do STJD.
Por maioria de votos, Índio foi condenado a dois anos. Contudo, teve a pena reduzida para um ano conforme previsão no artigo 101, parágrafo único, do Código Brasileiro Antidopagem, que descreve o fato do atleta ter admitido o uso da substância proibida.
Índio corria o risco de ficar quatro anos afastado do futebol. O advogado de defesa do atleta, Isaac Chaficks, afirmou que uma punição com esse tempo seria grave à carreira do atleta. Chaficks ressaltou que o zagueiro não teve a intenção de se beneficiar da droga utilizada. Índio consumiu a droga, segundo o relato do advogado, em uma comemoração. O uso da cocaína não foi intencional.
" É triste um caso de doping. E neste caso, quanto mais tinha noção da realidade dele, um caso que realmente me envolvi um pouco mais de costume. O atleta saiu para comemorar em um barzinho no Piauí. Ele ganha um salário mínimo, mas o status é de jogador de futebol. Durante a comemoração ofereceram, ele aceitou sem saber que se tratava de uma droga. A violação não foi intencional. O uso não foi intencional e fora de competição sem que haja melhoria no desempenho" - defendeu.
A punição ao zagueiro do River-PI foi amplamente discutida na Comissão Disciplinar. No julgamento, os auditores debateram se Índio teria ou não se aproveitado do consumo da cocaína. Quando ingerida, a droga atua como um estimulante do sistema nervoso central, aumentando o rendimento do atleta.
Cristiane Caldas, representante da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Doping), falou sobre os benefícios que um atleta possui com o uso da droga. A cocaína é proibida em competições, e o caso – no seu entender – passa a ser intencional quando o jogador sabe do risco e faz uso durante competição. " Triste não é julgar um atleta que teve o doping positivo. Triste é competir contra uma pessoa assim" – considerou.
Impedido de atuar no River-PI por causa da suspensão, Índio treina normalmente com o elenco no CT do Galo. O zagueiro tem longa passagem pelo Tricolor, sendo revelado nas categorias de base do time. Em 2015, participou da campanha histórica do acesso à Série C, sendo titular absoluto – mesma posição neste ano até ser pego no antidoping. A diretoria do clube informou através da assessoria de imprensa que ainda não tem uma posição oficial de como ficará a situação de Índio junto ao River-PI, mas que irá se pronunciar nos próximos dias.