Marcelo Chamusca só pensa no ASA, adversário do Guarani na série C
Todas as perguntas fazem referência ao ASA. E todas as respostas acabam no ASA. Marcelo Chamusca não pensa em outra coisa que não tenha relação com o último adversário que separa o Guarani do acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.
O que ele pensa do ASA:
"Já tinha falado anteriormente que, qualquer que fosse o adversário, seria um jogo muito difícil. É uma partida de 180 minutos, onde o adversário vai procurar te conhecer da mesma forma que você vai buscar informação dele. O ASA acabou sendo nosso adversário, é um clube que já jogou alguns anos na Série B. Já fui várias vezes jogar em Arapiraca, com o Salgueiro e o Fortaleza. É sempre estádio cheio, torcida empurrando time e com atmosfera de jogo. Mas independente do adversário que fosse enfrentar, a gente tinha que estar preparado. Vamos ter duas semanas de preparação, de foco e análise sobre o adversário, para entrar muito forte e do mesmo jeito que terminamos a primeira fase. Existe uma vontade muito grande de se sobrepor ao ASA nesses 180 minutos e conquistar o objetivo traçado desde o início, que é o acesso".
O gramado do municipal :
"Talvez traçando um comparativo com outros campos, seja o de pior condição, mas é possível tocar a bola e desenvolver seu jogo. Temos que nos preparar para todas as dificuldades. Se o campo for um fator de dificuldade, o Guarani vai se preparar. Mais difícil ainda que o campo, é a qualidade do adversário. Não vamos dar muita ênfase ao estado do gramado. Vamos pensar é na qualidade do adversário".
O que conhece do ASA :
"Não estudei a fundo, a partir de amanhã (terça) vou começar a fazer. O ASA é um dos adversários que a gente menos assistiu, até porque passava muito jogo do América-RN, do Fortaleza e do Remo, que são equipes de visibilidade maior para a televisão. A expectativa minha é que, com a minha comissão técnica, começar a assistir jogos na íntegra a partir dessa semana. É um time que joga muito em função da velocidade, tem uma mescla interessante de jogadores jovens e experientes, como o Ramalho, volante. Tem um atacante, o Reinaldo Alagoano, que passa por um bom momento. É uma boa mescla, um confronto muito difícil, que temos que nos preparar muito bem em todos os sentidos. Parte emocional, física e também de logística, porque lá vamos de avião até Maceió e depois tem a parte terrestre. Hoje a gente tem uma convicção da formação que a gente pode levar para jogar contra o ASA e ter êxito nesses 180 minutos".
O emocional:
"O emocional tem um peso grande. Em um número maior de jogos, é possível errar e acertar no próximo. Em duas partidas, o erro tem que ser mínimo. Isso pesa muito na questão emocional. Mas vejo todos os aspectos, tático, estratégia, análise, físico e emocional, muito importantes. O aspecto físico é fundamental, até para um primeiro jogo fora de casa".
Ansiedade
"É um processo natural de qualquer ser humano. O treinador precisa controlar primeiro a sua ansiedade para que isso não venha interferir na performance dos jogadores. Isso eu sei controlar muito bem, porque já vivenciei isso aqui nos últimos dois anos. Em vez de criar a ansiedade, temos que usar o tempo para que a gente se fortaleça e chegue muito forte para essa reta final. Nós podemos controlar carga de treino, programação de semana, logística de viagem. E também tentar controlar o periférico junto aos jogadores, que são torcida, imprensa e outro. Não é fácil. Temos que alinhar o nosso discurso com o dos jogadores".