Jogadores se organizam para que Brasileirão não tenha a última rodada
Atletas de diferentes equipes do futebol brasileiro estão se organizando para cancelar a última rodada do Brasileirão, em função do acidente que vitimou 71 pessoas entre jogadores, integrantes e da Comissão Técnica da Chapecoense, além de empresários, dirigentes e jornalistas.
Os jogadores estão conversando por meio de grupos de whatsapp e tentam arquitetar uma ação coletiva. Nesta quinta-feira (1), o elenco do Internacional (RS) foi a público para pedir que a última rodada não seja disputada. Boa parte do grupo do Palmeiras, campeão brasileiro, também é contrário a ir a campo na última rodada. Em outros clubes, alguns atletas afirmaram desconhecer a iniciativa.
O movimento é uma ação de atletas - não envolve, inicialmente, as diretorias. A ação é embrionária. Ainda está ganhando corpo - os jogadores querem que ela cresça a ponto de se tornar unânime.
Evitar punições
Os jogadores pretendem que a decisão seja global para evitar punições da CBF. Eles entendem que quanto mais clubes participarem, menos poder a entidade terá para eventuais sanções para quem não for a campo. Por isso, buscam um acordo nacional: que envolva os 20 elencos. Esse consenso ainda está longe de ser alcançado. Há questões delicadas a ser resolvidas - especialmente, se a situação de cada clube na tabela será respeitada como posição final.
Aceitam a queda
Jogadores do Inter, em luta contra o rebaixamento, decidiram que aceitarão a queda se essa for uma decisão coletiva. Trata-se de uma opinião dos atletas, não necessariamente da diretoria. Eles ficaram incomodados com declarações do vice-presidente de futebol do Inter, Fernando Carvalho, que afirmou ver prejuízo ao clube gaúcho no adiamento da rodada final do dia 4 para o dia 11 de dezembro.
Foi também por isso que decidiram ir a público - para se desvincular da opinião do dirigente (que depois se desculpou pelo que disse).
Atlético MG e Chapecoense não irão jogar
Atlético-MG e Chapecoense, que se enfrentariam no dia 11 na Arena Condá, não irão a campo. O Galo afirmou que não disputará a partida, dada a situação do adversário.A Chape, por motivos óbvios, concorda. O América-MG também deu sinais de que não gostaria de ir a campo.
O que pode acontecer
Um eventual abandono coletivo, de tão inusitado, não é previsto na legislação esportiva. O regulamento geral de competições prevê que uma equipe será decretada perdedora por 3 a 0 caso não apareça para jogar. Se nenhum dos dois times for a campo, ambos serão punidos assim.
Uma equipe que deixar de comparecer para jogar também pode ser excluída da competição - desde que isso influencie na situação de terceiros na tabela. Por isso, a ação coletiva inibiria a punição. O STJD não teria, politicamente, como excluir todas as equipes do campeonato. Daí a busca dos atletas por um movimento coletivo.
Aos clubes, claro, poderá restar a possibilidade de só utilizar jogadores que porventura não participem da ação.
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