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Absurdo:Presidente do Paysandu renunciou após ameaça de morte, diz irmã

Por Claudio Barbosa com Globoesporte.com 06/07/2017 17h05
Absurdo:Presidente do Paysandu renunciou após ameaça de morte, diz irmã
Ameaçado de morte, Sérgio Serra deixou a presidência do Paysandu - Foto: Daniel Costa

Era pra ser um domingo em família, mas a violência acabou transformando o dia do então presidente do Paysandu, Sergio Serra, num episódio traumático. Quando passeava na companhia do filho e da esposa, em uma praça da capital paraense, o engenheiro eletricista acabou abordado por duas pessoas e um logo sacou um revolver fazendo ameaças caso o clube fosse rebaixado á Série C do Campeonato Brasileiro. O relato é da irmã do ex-comandante e foi postado em uma rede social na tarde desta quinta-feira, dia 6, para justificar a renúncia do comando bicolor.

– Meu irmão, Sérgio Serra, acaba de renunciar à presidência do Paysandu Sport Clube (time de futebol do Pará), depois de um episódio traumático que nos abalou a todos. No domingo à noite, ele passeava numa Praça em Belém com a esposa, Cristina (sim, minha xará), e o filho mais velho, Gustavo, de 14 anos, quando dois homens numa moto se aproximaram. Um deles, com o rosto encoberto pela camisa, encostou o revólver no rosto do meu irmão e disse o seguinte: "Eu já sei onde tu moras. Se o Paysandu descer pra série C, eu acabo contigo, com a tua mulher e com esse teu filho maluco". Detalhe, Gustavo, meu sobrinho, é um adorável adolescente autista, um tesouro que temos em nossa família. Abaladíssimo, meu irmão tomou a única decisão possível numa situação como essa, a renúncia – relata.

Alvo de críticas por conta do atual momento do Paysandu na segunda divisão nacional, agravado com a derrota para o Londrina em casa e, ainda, pela perda de jogadores importantes, Sergio Serra vinha enfrentando pressão dos torcedores a cada jogo, porém, o engenheiro parecia acostumado com as minúcias do futebol. Antes de ser mandatário máximo, tinha experiência de dois mandatos consecutivos como vice-presidente e ocupava a função máxima há pouco mais de seis meses.