Polícia

Polícia investiga falso enterro de bebê; caixão tinha tijolo dentro

A polícia descobriu que o falso enterro tinha ocorrido por meio de uma denúncia anônima

10/08/2012 06h06
Polícia investiga falso enterro de bebê; caixão tinha tijolo dentro
A Polícia Civil gaúcha está investigando um falso enterro realizado na cidade de Garibaldi (104 km de Porto Alegre). Um velório foi realizado no dia 27 de julho, mas, no lugar do bebê de 5 meses, o caixão tinha meio tijolo e serragem. A polícia descobriu que o falso enterro tinha ocorrido por meio de uma denúncia anônima.

A mulher, mãe da suposta criança, informou à funerária que o bebê havia morrido de meningite na capital Porto Alegre. Para confortar os parentes, ela quis fazer um enterro simbólico no cemitério municipal de Garibaldi.

Seis pessoas teriam comparecido ao velório --também simbólico--, segundo a dona da funerária. Ela disse ainda que a mulher estava “bastante emocionada” ao contratar os serviços para o enterro.

A dona da funerária diz ter recebido autorização do cemitério para realizar o enterro simbólico, com a promessa de que os documentos referentes ao óbito seriam apresentados pela mãe assim que chegassem da capital. A administração do cemitério nega ter dado qualquer aval para o enterro.

O caixão foi retirado da sepultura nesta quarta-feira (8). “Dentro do caixão não havia corpo. Sabemos quem é a pessoa que contratou a funerária e pagou pelo anúncio fúnebre numa rádio local. Mas não a encontramos na cidade”, disse o delegado Clóvis Rodrigues de Souza.

Para a polícia, a mulher pode não ter tido um filho. “Não há uma criança, filho dessa mulher, que tenha morrido. Para nós, a grande indagação que fica é o motivo que levou essa pessoa a realizar essas simulações. Se houve algum delito ou não, é no decorrer da investigação que será apontado”.

Uma das hipóteses investigadas pela polícia é que a mulher tenha inventado a história para reatar um relacionamento.

Testemunhas começaram a ser ouvidas. Durante a coleta de depoimentos e provas, será também apurada uma possível falha na realização do enterro.

"Evidentemente que houve um equivoco em proceder dessa maneira quando não há um corpo. É mais uma entre tantas perguntas que temos que resolver", completou o delegado.