Alagoas

Emater mobiliza ações para combater pragas da pinha

Pragas est&atilde;o comprometendo a planta&ccedil;&atilde;o de pinha em v&aacute;rios munic&iacute;pios alagoanos<br />

11/11/2012 17h05
Emater mobiliza ações para combater pragas da pinha
Pesquisadores do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater/AL), através da Diretoria de Inovação e Pesquisa, estão mobilizando técnicos da Assistência Técnica e Extensão Rural e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) para planejar uma série de ações de conscientização, controle e combate a duas pragas que estão comprometendo a plantação de pinha em vários municípios alagoanos.

Durante reunião na última sexta-feira (9), os engenheiros agrônomos da Emater/AL, Rousseau Campos e Péricles Gabriel Barros, relataram que foram chamados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmeira dos Índios para socorrer os cerca de dois mil hectares de pinha da região que sofrem com o ataque das Brocas Cercanata (Annana SquanasoL) e da Falsa Gargafia (Teleonemia Mori). A reunião contou com membros da equipe de sanidade vegetal da Adeal.

De acordo com os pesquisadores da Emater/AL, o laboratório de Ecologia Química da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já trabalha no desenvolvimento do controle químico da Broca, porém os estudos estão iniciando e não há nenhuma recomendação de produtos por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), fato que preocupa ainda mais a diretoria de pesquisa.

“Conforme dados do APL da Pinha, estima-se que existam cerca de 1.500 produtores de pinha em todo Estado, e cerca de 80 propriedades nos municípios de Igaci, Palmeira dos Índios e Estrela de Alagoas já estão contaminadas pela Broca, ou seja, existe a necessidade de que medidas urgentes sejam tomadas para o controle dessa praga”, destacou Rousseau Campos.

Outra preocupação, destacada como a mais grave, é o ataque das moscas pretas, a Teleonemia Mori. Os pesquisadores revelaram que elas se confundem com a seca, porque atacam o caule da planta, ressecando-a e causando a morte da árvore. “No período seco, somente o produtor mais atento percebe que o planta está acometida dessa praga. Temos informações que ela é encontrada em outras culturas, na pinha não havia sido identificada”, relatou Péricles Barros.

A diretora de Inovação e de Agregação de Valor à Produção da Emater, Cristina Cavalcante, destacou que o momento é de intervenção. “Vamos conversar com a superintendência de Ater da Emater para mobilizarmos as gerencias regionais e fazermos um levantamento no campo para saber onde essas pragas estão atacando. Sabemos que o impacto na região é muito grande, por isso, uma das estratégias deve ser a realização de uma campanha junto a Adeal”, afirmou Cavalcante.

Enquanto é feito o levantamento, os pesquisadores já elaboraram uma cartilha informativa para produtores relatando como a Broca atua e como ela foi combatida há cerca de 20.