Educação
Alunos representam Alagoas em Feira de Ciências da USP
Eles fabricaram remédio caseiro para diversas patologias <br />
09/03/2013 08h08
Quatro trabalhos de iniciação científica, desenvolvidos por alunos das Escolas Estaduais Izaura Antônia de Lisboa (Arapiraca) e Nossa Senhora da Conceição (Lagoa da Canoa), vão representar a rede pública estadual na edição 2013 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) da Universidade de São Paulo (USP).
A Febrace, que será aberta na próxima terça-feira (12), é uma das mais importantes feiras científicas da América Latina e a maior vitrine para projetos desenvolvidos por jovens cientistas do continente.
Os alunos alagoanos viajam no domingo (10) e ficam em São Paulo até o dia 14 de março. Na bagagem, eles levam o resultado de um ano de estudos e pesquisas sobre produtos naturais que podem ser usados para ajudar pessoas, animais e o meio ambiente na região do Agreste.
São formicidas, carrapaticidas naturais, remédios caseiros para aliviar cólicas renais, sabonetes e pomadas a base de Sambacaitá para doenças de pele. Produtos desenvolvidos no laboratório das duas escolas a partir das observações dos alunos quanto às necessidades dos moradores da região.
Cólicas renais
Os trabalhos dos alunos da Escola Izaura Antônia de Lisboa foram orientados pela professora de Química Nadja Maria Alves de Souza e tiveram como coorientadora a ex-aluna Karina de Queiroz Martins. Os estudantes José Anderson de Farias Silva e Claudberg Bem Pantaleão pesquisaram as propriedades de uma planta conhecida como Cana-de-Macaco ou Cana-do-Brejo e desenvolveram o estudo com o tema “Costus Spiralis: uma alternativa para aliviar as cólicas renais”.
Durante as pesquisas, eles descobriram as propriedades medicinais da planta, que tem um caule parecido como a cana-de-açúcar e folhas largas nas extremidades. Com a descoberta de que essa planta, de origem indiana e que se desenvolve em locais alagados, era usada na medicina natural como diurético, analgésico e para ajudar a eliminar os cálculos renais, os dois estudantes decidiram triturar suas folhas e chegaram à produção do remédio, que pode ser ingerido como chá e em cápsulas.
Formicida
Já Afonso Pereira de Farias Neto e Manoel Roberto Leandro de Souza, também alunos do Ensino Médio da Escola Izaura Antônia de Lisboa, desenvolveram um veneno natural para matar formigas. Eles produziram um formicida de baixo custo à base de alho e cravo-da-índia.
O composto, que pode ser fabricado com quatro tipos de solventes – água, vinagre de álcool, água sanitária e álcool – mostrou-se bastante eficaz no combate às formigas caseiras, que, além das plantações, prejudicam também a saúde dos humanos, já que são grandes transmissoras de doenças.
Segundo os jovens cientistas, a ação repelente do formicida mostrou-se mais eficiente no combate às formigas quando o composto usou o álcool como solvente. “Além de barato e fácil de ser fabricado, esse formicida é 100% natural, não agride a natureza e nem altera o sabor dos produtos ao ser borrifado em frutas e hortaliças”, garantiram os pesquisadores.
Sabonete de Sambacaitá
A professora Nadja Alves também foi a responsável pela orientação da pesquisa desenvolvida por Carlos André Lima Silva e Carlos Henrique da Silva, alunos da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, que fica na cidade de Lagoa da Canoa. Eles investiram na produção de pomada e sabonetes à base das folhas de Sambacaitá (Hyptis Pectinata L), um excelente analgésico e que atua também como anti-inflamatório.
Os pesquisadores contaram que o sabonete pode ser usado durante o banho por pessoas que tenham problemas de pele. Já a pomada deve ser usada após o banho para aliviar as dores de quem sofre com problemas de coceira e outras doenças de pele.
Carrapaticida
A Escola Nossa Senhora da Conceição teve também outro trabalho selecionado para Febrace. Desenvolvida pelos alunos José Danillo Santos Reis e José Jefferson Costa da Silva, a pesquisa contou com a orientação da professora Heloísa Barbosa Rocha e discorre sobre um poderoso carrapaticida natural.
A partir de espécies vegetais presentes na região – Graviola, Erva Cidreira, Alecrim e Arruda –, os alunos fabricaram um carrapaticida natural que se mostrou bastante eficiente. O produto, além de não agredir o meio ambiente, não ofende a saúde dos animais e nem compromete o seu couro.
Trabalhos premiados
Pesquisas desenvolvidas pela professora Nadja Alves foram premiadas nas duas últimas edições da feira. Em 2011, o trabalho dos alunos Jamisson dos Santos Melo, Edjames Alves Santos e Rafael Lima Simplício Santos, sobre a “A utilização do Alecrim como ovicida e larvicida de mosquitos” (que resultou na criação de um inseticida natural de baixo custo), foi premiado na categoria Eficiência e Metodologia.
Em 2012, projeto da educadora com o aluno Johnny Gomes Pereira, da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, sobre a obtenção do óleo de coco através do meio alternativo e de baixo custo conquistou 3º lugar na categoria “Diário de Bordo”.
Segundo a professora Nadja Alves, todas as despesas com a viagem dos alunos, além do material de apresentação dos trabalhos, serão custeadas pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE). “Nossa expectativa é a melhor possível, já que os trabalhos que estamos levando para São Paulo estão muito bem fundamentados”, disse a educadora.
A Febrace, que será aberta na próxima terça-feira (12), é uma das mais importantes feiras científicas da América Latina e a maior vitrine para projetos desenvolvidos por jovens cientistas do continente.
Os alunos alagoanos viajam no domingo (10) e ficam em São Paulo até o dia 14 de março. Na bagagem, eles levam o resultado de um ano de estudos e pesquisas sobre produtos naturais que podem ser usados para ajudar pessoas, animais e o meio ambiente na região do Agreste.
São formicidas, carrapaticidas naturais, remédios caseiros para aliviar cólicas renais, sabonetes e pomadas a base de Sambacaitá para doenças de pele. Produtos desenvolvidos no laboratório das duas escolas a partir das observações dos alunos quanto às necessidades dos moradores da região.
Cólicas renais
Os trabalhos dos alunos da Escola Izaura Antônia de Lisboa foram orientados pela professora de Química Nadja Maria Alves de Souza e tiveram como coorientadora a ex-aluna Karina de Queiroz Martins. Os estudantes José Anderson de Farias Silva e Claudberg Bem Pantaleão pesquisaram as propriedades de uma planta conhecida como Cana-de-Macaco ou Cana-do-Brejo e desenvolveram o estudo com o tema “Costus Spiralis: uma alternativa para aliviar as cólicas renais”.
Durante as pesquisas, eles descobriram as propriedades medicinais da planta, que tem um caule parecido como a cana-de-açúcar e folhas largas nas extremidades. Com a descoberta de que essa planta, de origem indiana e que se desenvolve em locais alagados, era usada na medicina natural como diurético, analgésico e para ajudar a eliminar os cálculos renais, os dois estudantes decidiram triturar suas folhas e chegaram à produção do remédio, que pode ser ingerido como chá e em cápsulas.
Formicida
Já Afonso Pereira de Farias Neto e Manoel Roberto Leandro de Souza, também alunos do Ensino Médio da Escola Izaura Antônia de Lisboa, desenvolveram um veneno natural para matar formigas. Eles produziram um formicida de baixo custo à base de alho e cravo-da-índia.
O composto, que pode ser fabricado com quatro tipos de solventes – água, vinagre de álcool, água sanitária e álcool – mostrou-se bastante eficaz no combate às formigas caseiras, que, além das plantações, prejudicam também a saúde dos humanos, já que são grandes transmissoras de doenças.
Segundo os jovens cientistas, a ação repelente do formicida mostrou-se mais eficiente no combate às formigas quando o composto usou o álcool como solvente. “Além de barato e fácil de ser fabricado, esse formicida é 100% natural, não agride a natureza e nem altera o sabor dos produtos ao ser borrifado em frutas e hortaliças”, garantiram os pesquisadores.
Sabonete de Sambacaitá
A professora Nadja Alves também foi a responsável pela orientação da pesquisa desenvolvida por Carlos André Lima Silva e Carlos Henrique da Silva, alunos da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, que fica na cidade de Lagoa da Canoa. Eles investiram na produção de pomada e sabonetes à base das folhas de Sambacaitá (Hyptis Pectinata L), um excelente analgésico e que atua também como anti-inflamatório.
Os pesquisadores contaram que o sabonete pode ser usado durante o banho por pessoas que tenham problemas de pele. Já a pomada deve ser usada após o banho para aliviar as dores de quem sofre com problemas de coceira e outras doenças de pele.
Carrapaticida
A Escola Nossa Senhora da Conceição teve também outro trabalho selecionado para Febrace. Desenvolvida pelos alunos José Danillo Santos Reis e José Jefferson Costa da Silva, a pesquisa contou com a orientação da professora Heloísa Barbosa Rocha e discorre sobre um poderoso carrapaticida natural.
A partir de espécies vegetais presentes na região – Graviola, Erva Cidreira, Alecrim e Arruda –, os alunos fabricaram um carrapaticida natural que se mostrou bastante eficiente. O produto, além de não agredir o meio ambiente, não ofende a saúde dos animais e nem compromete o seu couro.
Trabalhos premiados
Pesquisas desenvolvidas pela professora Nadja Alves foram premiadas nas duas últimas edições da feira. Em 2011, o trabalho dos alunos Jamisson dos Santos Melo, Edjames Alves Santos e Rafael Lima Simplício Santos, sobre a “A utilização do Alecrim como ovicida e larvicida de mosquitos” (que resultou na criação de um inseticida natural de baixo custo), foi premiado na categoria Eficiência e Metodologia.
Em 2012, projeto da educadora com o aluno Johnny Gomes Pereira, da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, sobre a obtenção do óleo de coco através do meio alternativo e de baixo custo conquistou 3º lugar na categoria “Diário de Bordo”.
Segundo a professora Nadja Alves, todas as despesas com a viagem dos alunos, além do material de apresentação dos trabalhos, serão custeadas pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE). “Nossa expectativa é a melhor possível, já que os trabalhos que estamos levando para São Paulo estão muito bem fundamentados”, disse a educadora.
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