Alagoas

Imagens mostram situação precária do 9º BPM, em Delmiro Gouveia

Por Redação 24/12/2013 16h04
Imagens mostram situação precária do 9º BPM, em Delmiro Gouveia

Em meio a grave crise de segurança, na qual passa o estado de Alagoas, agentes do 9º Batalhão da Polícia Militar denunciam a falta de estrutura do órgão que faz o policiamento do alto Sertão alagoano.

Foram divulgadas imagens que denunciam as péssimas condições do local. Desta forma, Os policiais frisam que 100% dos oficiais do 9º BPM aderiram à Operação Padrão.

Um dos agentes do 9º BPM, que não quis se identificar, explicou que a sede da instituição, localizada no município de Delmiro Gouveia está em condições precárias. “Não acredite no que dizem por ai, não tem nada funcionando com a Operação Padrão, a PM está parada”, ressaltou.

Segundo os agentes, a casa onde  funciona o batalhão é alugada, mas  não possui as mínimas condições estruturais. “Queremos um quartel novo e o mínimo de estrutura. Estamos muito próximos de ser despejados desta casa, pois a proprietária pediu”, colocou um dos agentes.

A casa em que os policiais estão alojados, de acordo com o que informou os oficiais, possui apenas um banheiro unissex. “Falta água para beber. A gente tem viatura e não tem condutor, os pneus estão carecas, não temos nem papel para imprimir  e muitas vezes falta comida”, afirmou.

Além da falta de acomodação, um dos agentes diz ter um gato de energia na casa. “A fiação arrebentou em setembro de 2012 e até agora não foi consertada”, relatou.

Em relação ao local de funcionamento do Batalhão, eles declararam que a verba para construção do órgão saiu, mas foi desviada para construção de um prédio público no município de Porto Calvo, “apesar disso, a prefeitura doou o terreno a Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (Chesf ), que deseja construir o batalhão, entretanto o governo do estado não aceita, pois deseja que seja aplicado projeto próprio”, completou.

Eles ainda acrescentam que no 9º Batalhão trabalham oito oficiais. “Nós trabalhamos 60 horas semanais, mas só nos pagam 40 horas e não recebemos hora extra, conforme a lei 8.112/90. ”, reclamou.

Além disso, o agente contou que o Centro médico da PM está localizado em Maceió e se eles precisarem de atendimento médico urgente podem morrer. “Por isso queremos um plano de saúde”, frisou.

A respeito da reunião marcada com o governador Teotonio Vilela para a próxima quinta-feira (26), eles não acreditam que a situação seja resolvida. “O governador vai inventar uma desculpa e se a situação não for resolvida não terá réveillon na orla.

Eles alegaram ainda, que com a verba de R$ 200 milhões destinada pelo Governo Federal através do “Plano Brasil Mais Seguro”, dava para construir vários quarteis no Estado. “Infelizmente a verba voltou por que não foi feito nenhum projeto com a quantia”, concluiu um dos policiais.

Ao falar com a reportagem do 7 Segundos, o chefe da assessoria de comunicação da Polícia Militar, major Rodrigo Amorim, admitiu que a residência não foi feita para ser um quartel, mas que já está sendo procurado outro local para sediar o batalhão. “Esta providência está sendo tomada pela Defesa Social”, salientou.

No que diz respeito ao banheiro da residência, o major afirmou que existe um banheiro feminino.

Em relação ao que os agentes afirmaram ser um gato de energia, o major Amorim explicou que um caminhão passou na rua onde está localizada a residência e derrubou os fios, mas a Eletrobras esteve na residência e consertou. “A própria Eletrobras fez o reparo”, disse o major.

Ao ser questionado sobre a verba do terreno que o agente afirmou ter sido destinada à construção de um prédio público em Porto Calvo, o major negou, assegurando que este fato nunca existiu.