Sem repasses, funcionários ameaçam fechar emergência do Hospital
A crise no Hospital Regional Santa Rita em Palmeira dos Índios foi o tema principal da reunião realizada ontem à noite (14) entre a direção da unidade, profissionais médicos e mordomos da instituição. Durante o encontro foi apresentado um relatório detalhado dos ativos e passivos, além das medidas que serão encaminhadas para que o município possa regularizar os repasses mensais devidos ao hospital.
Os diretores, profissionais e a mordomia decidiram acionar os gestores municipais e estaduais, Conselhos Estadual e Municipal de Saúde, Conselho Regional de Medicina, Ministério da Saúde, Câmara Municipal/Comissão de Saúde, entre outros, para garantir que os recursos que pertencem ao Santa Rita sejam transferidos regularmente todo mês.
Outra medida que também ficou decidida durante a reunião foi o aviso antecipado de fechamento de alguns serviços, como a porta de emergência da unidade, por exemplo, caso não haja regularidade nas transferências. “Esse dinheiro não pode ficar preso nos cofres da Prefeitura, porque dificulta o trabalho do hospital e compromete a assistência aos palmeirenses e alagoanos desta região” criticou a mordomia.
Até o momento, nenhum membro da equipe financeira do município ou até mesmo o prefeito James Ribeiro se manifestaram sobre o caso. De acordo com a legislação preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o município polo como é o caso de Palmeira dos Índios pode ser até desabilitado pelo Ministério da Saúde pelo fato de não transferir os recursos destinados à assistência até o quinto dia útil de cada mês.
Os recursos depositados pelos governos federal e estadual mensalmente no Fundo Municipal de Saúde também pertencem aos municípios da região, que aportaram parte do financiamento da saúde para atendimento hospitalar, média e alta complexidade. “Daí o motivo do Hospital Santa Rita ser uma unidade de referência nesta região. Precisamos que os gestores municipais regularizem os repasses mensais ou iremos inviabilizar os nossos serviços e a assistência à população” defendeu a direção.