Arapiraca

Caso Elizete: envolvidos na morte serão julgados

Por TJ\AL 07/09/2014 23h11
Caso Elizete: envolvidos na morte serão julgados

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) manteve a sentença de pronúncia contra cinco réus acusados de envolvimento no assassinato de Elizete da Silva Cassiano Rodrigues, ocorrido em fevereiro de 2010, no Município de Arapiraca. Com a decisão, eles serão levados a júri popular.

O julgamento está previsto para acontecer em Arapiraca até o final deste ano.  Se condenados, os acusados podem pegar uma pena de 12 a 30 anos em regime fechado, já que o caso foi classificado como homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, promessa de pagamento, tortura e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

De acordo com os autos, a vítima foi sequestrada do interior de sua residência, no Sítio Cangandu, na zona rural de Arapiraca, e posteriormente encontrada morta. O corpo estava boiando na Barragem da Bananeira, despido e com sinais de tortura.

Apresentava ainda corte profundo na região do pescoço, além de mutilações. Após investigação, a polícia chegou ao acusado Willams Rodrigues da Silva, marido da vítima. A sogra dela, Solange da Silva, e o cunhado, José Walles da Silva, também estariam envolvidos.

Os outros dois réus são Jadielson Vicente da Silva (primo de Willams e José Walles) e Nailton Ferreira dos Santos. Ainda segundo a denúncia, o crime teve motivação financeira. Os réus foram pronunciados e ingressaram com recurso em sentido estrito no TJ/AL.

Sustentaram não haver provas para a condenação. Ao analisar o caso, a Câmara Criminal negou provimento ao recurso. Segundo o relator do processo, desembargador Otávio Leão Praxedes, o acervo probatório demonstrou a existência de indícios de autoria suficientes para fundamentar a decisão de pronúncia.

“Levando em consideração os depoimentos das testemunhas e declarantes colhidos em juízo, avalio que o decisum não deve ser reformado, pois entendo que, ao menos neste momento processual, os elementos probatórios dos autos são suficientes para amparar a decisão de pronúncia em todos os seus termos, ou seja, para submeter os recorrentes a julgamento perante o Tribunal do Júri, pela imputação da prática do bárbaro homicídio que vitimou a ofendida”, afirmou o desembargador.

O crime

Elizete foi arrancada de dentro da própria casa ,que fica no sítio cangandú. Segundo familiares, ela foi vítima de sequestradores que quebraram parte do telhado para entrar na casa. Dois dias depois do ocorrido, a vítima foi encontrada numa barragem próximo a comunidade Bananeiras. Ela estava com marcas de bala pelo corpo, além de perfurações causadas por arma branca também havia sinal de estrangulamento.

A polícia constatou que a vítima estava despida totalmente, o que leva a crer que antes de tudo ,pode ter havido violencia sexual .