Alagoas

Projeto de reinserção social da Perícia Criminal de Alagoas ganha selo especial

Por Assessoria 23/12/2014 15h03
Projeto de reinserção social da Perícia Criminal de Alagoas ganha selo especial
- Foto: Assessoria

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social, conferiu à Perícia Oficial alagoana o selo de empresa ressocializadora. A outorga do selo social aconteceu após a criação e o desenvolvimento de um projeto de reinserção social de reeducandos nos Institutos de Identificação e Médico Legal de Maceió e Arapiraca.

Criado há dois anos, o selo social é um instrumento de aproximação entre o sistema prisional e a sociedade, por meio do incentivo ao processo de ressocialização. E após avaliação de um comitê, o selo é conferido a empresas da iniciativa pública e privada que criaram programas sociais de geração de emprego para a consecução da reintegração social dos reeducandos do sistema penitenciário de Alagoas.

O diretor geral da Perícia Oficial Manoel Melo que recebeu o selo disse estar feliz com o reconhecimento do projeto. Ele explicou que a concepção da ação social está prevista na Lei de Execuções Penais e se deu com o objetivo de auxiliar na redução do índice de criminalidade no Estado de Alagoas.

"A Perícia é parte integrante da segurança pública e tem por princípio colaborar com os direitos humanos, isso porque acreditamos plenamente que o ser humano pode se redimir dos seus crimes e se recuperar. Mas, para que esse trabalho desse certo, todos os reeducandos passaram por um rigoroso sistema de seleção para desempenhar os trabalhos de serviços gerais nos IML's e no Instituto de Identificação", revelou Manoel Melo.

O reeducando identificado pelas iniciais C.D.S.S. foi um dos aprovados na seleção para trabalhar como office-boy no IML de Maceió. Há seis meses ele tem uma rotina de cinco horas de trabalho de segunda a sexta-feira, e como ele outros 14 homens e quatro mulheres exercem várias atividades no órgão, sempre acompanhados de uma equipe multidisplinar. "Está sendo uma experiência maravilhosa, encontrei nesta oportunidade uma chance de me reintegrar a sociedade de forma digna. Além de ser remunerado com um salário, a cada três dias trabalhados, um dia da minha pena é reduzida", ressaltou o jovem.

Segundo Luiz Mansur, diretor do IML da capital, a contratação da mão de obra dos reeducando do sistema prisional, por meio de convênio firmado com a Secretaria de Ressocializaçao e Inclusão Social trouxe muitos benefícios para o órgão. Para ele, o projeto tem caráter educativo não só para os egressos do sistema prisional, mas também para os outros servidores do Instituto que passam a exercer seu papel assistencial na sociedade.

"Vejo esse projeto como um compromisso pessoal de cada um dos servidores do IML com o processo da ressocialização. Aqui aceitamos todos egressos de portas abertas e sempre o tratamos com respeito como se fosse um servidor comum, não o diferenciamos em nada. E eles estão correspondendo com muita dedicação no trabalho contribuindo para o desenvolvimento das atividades diárias do IML", afirmou o médico legista.

No Instituto de Identificação, oito reeducandos participam do projeto, sendo duas mulheres e seis homens, e no IML de Arapiraca três egressos do sexo masculino já desempenham suas atividades na unidade do Agreste que está para ser contemplada com mais um reeducando que está sendo selecionado. Em ambos os órgãos, todos os egresso desempenham funções na área de serviços gerais.