Loira, ex-CQC Monica Iozzi entra em Alto Astral para levar castigo
Um ano depois de ter deixado o humorístico CQC, a atriz Monica Iozzi estreia na próxima terça-feira (30) na dramaturgia da Globo. Em Alto Astral, novela das sete da emissora, ela será a patricinha Scarlett, mas não terá uma vida fácil. Usando peruca loira, lentes de contatos azuis, fazendo biquinho e repetindo trejeitos de Paris Hilton, Monica será castigada assim que entrar em cena. Rica, sua personagem vai ter de trabalhar de garçonete e lavar chão para cumprir o último desejo do pai. Ele determinará em seu testamento que a filha tem de trabalhar duro por um ano para ter direito à sua parte na herança.
Monica começou a gravar suas cenas somente neste mês, mais de um mês após a estreia da novela. Sua primeira aparição será conversando por telefone, de Nova York (EUA), com a tia Adriana (Totia Meirelles). A médica mandará Scarlett voltar a Nova Alvorada para cuidar do pai doente, mas quando ela chegar já vai ser tarde demais. Nenhum ator foi escalado para viver o pai da patricinha. Ele somente será citado na trama.
“Ela acha que vai ficar ainda mais rica do que é. Só que seu pai colocou uma cláusula no testamento dizendo que Scarlett nunca deu valor ao dinheiro e, por isso, terá de trabalhar durante um ano para receber sua parte na herança. Ela vai trabalhar em uma lanchonete. É um personagem que tem uma curva dramática muito interessante. Não sei se as pessoas vão simpatizar com ela, mas devem se comover em algum momento”, comenta a atriz, que terá de aparecer lavando chão e pilhas de louças em alguns capítulos da novela das sete.
Cenas bizarras
Além de fazer rir com cenas bizarras na pele de uma dondoca vivendo seu “apocalipse”, Monica também vai mostrar seu lado sensual, o que jamais foi visto nos quatro anos em que ela foi repórter do CQC, da Band. “O CQC acabava me prendendo muito porque a gente tinha de estar sempre de terno, não podia usar nada extravagante, nem um batonzinho. Era tudo muito comportado”, confidencia a humorista.
Monica fez faculdade de artes cênicas na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Ela deixou sua cidade, Ribeirão Preto, no interior paulista, para trabalhar com teatro em São Paulo, mas logo entrou para a equipe do CQC e adiou o sonho de atuar. “Com a rotina que tínhamos não dava para fazer absolutamente mais nada. Foi quando pedi para sair”, conta a atriz, que foi chamada para ser comentarista do Big Brother Brasil no início deste ano e assinou seu contrato com a Globo já com a promessa de fazer novela.
Fonte de inspiração
Em geral, as personagens patricinhas são detestadas pelo público por serem fúteis. Monica não sabe dizer ainda se esse será o caso de Scarllet, mas afirma que, se a personagem for odiada, vai ser muito bom. “Às vezes, a gente divide os personagens entre os bonzinhos e os mauzinhos. Ela é ambígua. É uma menina rica, mas não é burra. Ela é gananciosa, mas isso também não a torna uma pessoa ruim. A personagem é uma pessoa que tem muitos defeitos, mas não é a malvada da história.”
Como “meninas ricas” não fazem parte do universo da atriz, que se define como “underground”, ela conta que estudou o comportamento de Paris Hilton, celebridade que já se envolveu em escândalos e é herdeira de uma rede de hotéis. “Assisti também Gossip Girl, porque esse é um ambiente que não frequento, não domino. Para não ficar caricato demais, busquei um caminho para investigar. Fui a festas que geralmente eu não iria. Não acho que você tem de viver o que a personagem viveu, mas, se é uma personagem que você não domina absolutamente nada do universo dela, você tem de ao menos dar uma olhada para saber do que se trata”, conta Monica.