Agreste

Promotor revela descumprimento de acordo com Casal e CAB sobre acesso a fazenda

Por 7 Segundos 07/01/2015 19h07
Promotor revela descumprimento de acordo com Casal e CAB sobre acesso a fazenda
- Foto: Arquivo

A novela envolvendo a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e a estrada particular da Fazenda Santa Fé, próximo a cidade de São Bráz, parece estar longe de ter um final feliz. Em entrevista ao Comando Geral da Nova Nordeste (AM 570) e Jornal da Nova, na Rádio Nova FM (103,3) de Arapiraca, o Promotor Aposentado Sílvio Menezes, dono da propriedade, afirma estar sendo vítima de informações caluniosas emitidas pela empresa de distribuição de água.

Segundo ele, antes da construção da estrada, o transporte de sulfato de alumínio e cloro – elementos essenciais para o tratamento da água – era realizado através do Rio São Francisco. “Quando construí a estrada, a Casal passou a utilizá-la para este transporte, mas isso só me trouxe prejuízos, pois desarticulou todas as atividades agropecuárias realizadas, além dos roubos de animais, ração e equipamentos, que passou a ser constante”, informou o promotor.

Em uma nota de esclarecimento emitida em dezembro, Sílvio Menezes afirma que a falta de água em Arapiraca não tem nenhuma ligação com a proibição do uso da estrada. Durante a entrevista, concedida ao radialista Cláudio Barbosa, ele afirmou que a empresa está utilizando a mídia para deixar a população arapiraquense revoltada.

Até dezembro de 2013 havia um acordo, firmado em cartório, entre as partes. A Casal tinha autorização de utilizar a estrada mediante gratuidade na distribuição de água para a fazenda. A partir de janeiro do ano passado, o acordo não foi renovado e a empresa voltou a cobrar a água fornecida.

“Se está faltando água, a culpa não é minha, mas da própria Casal. Há um mês, o gerente da CAB Águas do Agreste S.A., sediada em Arapiraca, me ligou informando que, por falta de sulfato de alumínio e cloro, iria suspender o fornecimento de água para a cidade, mas era mentira. Um dos meus funcionários foi até o local e encontrou cinquenta sacos do sulfato de alumínio e sete garrafões de cloro. Segundo informações técnicas, esta quantidade daria para alimentar o sistema por quase sessenta dias”, informou Sílvio Menezes.

Ele concluiu a entrevista enfatizando que a Casal só entra em sua empresa após decisão judicial.