Sede do Ministerio da Agricultura em Maceió é ocupada por mulheres sem-terra
Na noite desse domingo(8) cerca de 500 trabalhadoras rurais sem-terra ocuparam a sede da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (MAPA)em Maceió.
De acordo com as trabalhadoras rurais o atual modelo ameaça o meio ambiente e a vida da população. A ocupação da sede do MAPA em Maceió deve durar toda a semana . A estratégia faz parte das ações da agenda de mobilização da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponeses de 2015.
As camponesas alagoanas afirmam que o modelo de produção da cana--de-açúcar concentra terras, riqueza nas mãos dos usineiros além de destruir o meio ambiente. O eucalipto está surgindo como uma alternativa a essa cultura, mas segundo as mulheres do campo além de destruir ainda mais a natureza, o eucalipto não gera emprego nem renda para os trabalhadores e trabalhadoras.
Com faixas, cartazes, palavras de ordem e ferramentas nas mãos, as sem terra fazem a defesa da agricultura camponesa, baseada em uma nova relação com os bens naturais para a produção de alimentos saudáveis e gerando alternativa de renda para quem vive nas áreas rurais.
Segundo Débora Marcolino, da direção nacional do MST, as camponesas sofrem com a falta de políticas públicas efetivas para dar condições de vida digna para quem vive no campo: educação, saúde, moradia, lazer e cultura. “ Nós sofremos diariamente com o descaso dos governos”, afirmou.