Arapiraca se "cala" no dia Internacional da Mulher
A violência contra a mulher foi um dos principais temas abordados no dia Internacional da Mulher, comemorado neste domingo (8). As manifestações públicas evidenciaram esse tipo de crime tão brutal que atinge diariamente milhares de mulheres, inclusive causando a morte das vítimas em muitos casos.
Uma grande passeata foi realizada na orla de Maceió, e em algumas cidades do interior foram realizadas cavalgadas para marcar esse dia comemorado mundialmente.
Mas em Arapiraca, a cidade que há pouco mais de um ano estava liderando o ranking de cidade onde mais se mata mulher no estado, não foi realizada nenhuma ação de conscientização sobre esse tipo de violência.
Em um estudo recente realizado pelo Instituto Sangari e divulgado pelo coordenador do mapa sobre a violência no Brasil, Júlio Jacoob, sobre os casos de homicídios de mulheres no País, Arapiraca aparecia em 4º lugar no Brasil e em 1º no estado.
Mesmo após esses números alarmantes, a gestão municipal não organizou nenhum evento público para alertar as mulheres que sofrem violência sobre a importância de denunciar o agressor e orientá-las a procurar os mecanismos que possam ajudar no processo de recostrução de suas vidas após anos sendo violentadas verbalmente, psicologicamente e fisicamente.
Mas Arapiraca se calou no dia Internacional da Mulher. Como foi divulgado em sites da capital, a prefeita Célia Rocha (PTB) e alguns representantes do poder público municipal, participaram da caminhada realizada pelos órgãos do governo estadual. Será que a crise que tanto se propaga pelos gestores municipais também impediu que as pessoas que estão a frente dos órgãos municipais de Arapiraca em defesa da mulher organizassem um evento na cidade?
O que se sabe é que os serviços de assistência às vítimas da violência em Arapiraca teve uma redução significativa , pois funcionários que trabalhavam na Secretaria Municipal da Mulher foram demitidos e os escassos recursos que são destinados às secretarias inviabilizam o avanço das ações que lutam contra esse tipo de violência.
É bom que a gestão municipal comece a fortalecer seus próprios passos, porque ficar à sombra do governo do estado pode torná-la refém de uma outra violência: a política, onde o mais forte é quem determina o que deve e o que não deve fazer no "quintal" de casa.
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