Alagoas

Trabalhadores rurais ocupam sede da Eletrobrás em Alagoas

Por Redação 11/03/2015 09h09

A Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), o Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) e o Movimento Terra e Liberdade (MTL), ocuparam na noite desta terça-feira(10) a sede da Eletrobrás em Alagoas. A reivindicação é por eletricidade para os acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária.

A Pastoral e os movimentos denunciam que não há energia elétrica em todas as áreas em que vivem os trabalhadores rurais e em vários assentamentos a energia que chega não é suficiente para as demandas.

"Hoje a energia que chega aos assentamentos não aguenta ligar uma máquina de irrigação. E isso impede o desenvolvimento da produção",afirmou Carlos Lima, coordenador da CPT.

A Jornada de Lutas contra o Latifúndio e o Agronegócio reivindica também a destinação das terras das usinas falidas e do extinto Produban para fins de Reforma Agrária, a garantia de acesso à água do canal do sertão para as famílias sem-terra, o fim dos despejos, a garantia de educação no/do campo nas áreas de acampamentos e assentamentos, entre outros pontos.

De acordo com o movimento Alagoas convive com problemas estruturais que atingem a todos os alagoanos. A violência é permanente, sobretudo contra os mais pobres. Seja no campo ou na cidade vivenciamos um caos na educação e na saúde pública, com serviços sucateados que
não atendem as necessidades reais do povo.

O desemprego e a miséria também são realidades gritantes na vida dos alagoanos e alagoanas, frutos de gestões que governaram por muito tempo apenas para a parcela rica do estado, esquecendo dos que vivem nas periferias, nas comunidades tradicionais e nas áreas rurais.

Por isso que nós trabalhadores e trabalhadoras acompanhados pela CPT, MLST, MST e
MTL estamos mobilizados em todo o estado de Alagoas, neste mês de março, como
parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária de 2015, para denunciar a
situação do campo alagoano, pressionar os governos e os poderes para a urgente e
necessária realização da reforma agrária como medida para a garantia de direitos e
exigir condições dignas e justiça social no campo e na cidade.