Calor em Maceió faz com que aulas no IFAL aconteçam fora das salas

"Não tem mais quem suporte o calor nas salas de aula do câmpus Maceió. É uma coisa indecente! O suor escorre de 'perna abaixo', não dá para dar aula, ninguém se concentra, a gente não tem a menor condição de trabalhar aqui mais".
Esse é o relato da professora do Instituto Federal de Alagoas e dirigente sindical Silvia Regina. Mas poderia ser de qualquer outro professor que leciona no Câmpus Maceió. Isso porque a falta de estrutura nas salas de aula tem prejudicado o processo ensino-aprendizagem e até a saúde de alunos e servidores.
Silvia denuncia que o calor é uma constante e, há anos, não há climatização nas salas. "Os ventiladores não funcionam, os condicionadores de ar estão todos quebrados e a situação piorou, ainda no ano passado, quando fizeram uma instalação elétrica externa, que impede a ventilação natural. Já chegou ao ponto de um aluno passar mal! E ainda assim a situação permanece a mesma", afirmou a professora.
Alícia Cristina, estudante do Ensino Médio, também está inconformada com essa situação: "Estudo à tarde e o calor na minha sala é insuportável. Não tem ventilador e nem entra vento pelas janelas. É um absurdo uma instituição federal manter os alunos nessas condições".
Circula nas redes sociais a foto publicada por Anninha Tenório, apresentando os ventiladores adquiridos pelos estudantes de letras para conseguir permanecer dentro da sala de aula. Ela postou a foto e reivindicou o cumprimento das promessas dos gestores.
"Não tem ventilador, não tem água, não tem banheiro... Mas promessas têm de sobra! Pra nós, à noite, está insuportável. Fico aqui imaginando como são as aulas para o Ensino Médio... Difícil... E antes que digam que o problema é na rede elétrica, adianto que no bloco administrativo e na nossa Reitoria tudo funciona normalmente", publicou a estudante de letras no facebook.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas – SINTIETFAL, através da professora Silvia Regina, participou no dia 20 de março de uma reunião com o Reitor para exigir uma solução para esse problema. O Reitor, por sua vez, justificou que o Câmpus Maceió tem um orçamento de R$ 14 milhões anuais e deveria já ter resolvido a climatização das salas.
"Não tem cabimento uma situação dessa. Desde a primeira gestão de Jeane Melo no Câmpus Maceió, escutamos dela que resolverá o problema. Há cerca de 4 anos que os condicionadores de ar não funcionam. Está insuportável", cobrou Silvia uma imediata solução para o problema.
Estudantes prometem protestos
Como forma de protesto e até mesmo de enfrentar o calor, na noite de ontem, 8 de abril, uma turma do curso de letras assistiu à aula no corredor do Instituto para chamar a atenção ao problema vivido. A aula no corredor foi uma iniciativa bem vista pelo Grêmio Estudantil, que prometeu atuar junto com a representação dos cursos superiores para enfrentar o problema.
"Apoiamos o ato de assistir à aula no corredor, porque é muito quente dentro das salas, principalmente durante o dia, e nem ventilação tem. É uma forma de demonstrar nossa insatisfação com o total desprezo por parte da gestão com os alunos", afirmou Erick Gomes, presidente do Grêmio Edson Luís.
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