O juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Palmeira dos Índios, José Miranda dos Santos Júnior, concedeu, na manhã desta sexta-feira, a guarda provisória da pequena Maria Vitória, que foi enterrada viva pela mãe biológica poucas horas após seu nascimento, para um casal que estava na fila de espera para adoção.

Segundo o magistrado, um dos motivos de a guarda ter sido dada ao casal foi para a própria segurança do bebê. De acordo com ele, a avó ou quaisquer outros parentes poderiam deixar a criança sujeita às ações da mãe, que supostamente tem problemas mentais. "O dever da Justiça é resguardar a criança de qualquer perigo. A mãe tentou matar a criança e, se ela fosse entregue a avó, por exemplo, a mãe poderia ter acesso a ela e tentar, mais uma vez, atentar contra a vida da bebê. Por questões de segurança decidi dar a guarda provisória a este casal”, informou.

A vó da menina não manifestou interesse em ficar com a guarda de Maria Vitória. "A mãe biológica da criança afirmou em depoimento que tinha sido obrigada pelo namorado a se desfazer da criança e agora a avó relatou que teria sofrido ameaças. Decide, portanto, manter a criança longe da família", finalizou o magistrado.

O suposto pai da criança foi encontrado, mas não terá a identidade revelada até a conclusão do inquérito. Atualmente, ele se encontra preso.