O Laboratório Central de Alagoas (Lacen) é responsável pela realização de exames laboratoriais de média e alta complexidade, além de ser referência nacional no serviço de análise de rotulagem dos alimentos. Com mais de seis mil exames realizados por mês, o laboratório atende, ainda, a demanda relacionada às Doenças de Notificação Compulsória (DNC) e casos que precisam de fiscalização constante, como dengue e cólera.

Um dos diferenciais do Lacen, segundo a diretora do laboratório, Telma Pinheiro, é que o serviço funciona todos os dias, durante 24h, em regime de plantão. “Essa iniciativa foi adotada para garantir o resultado mais rápido possível e ainda no mesmo dia”, destacou.

De acordo com Telma Pinheiro, medidas de vigilância e diagnóstico são tomadas para que o agravo não se espalhe entre mais pessoas da mesma comunidade, seja ele motivado por um produto, doença ou transmissão.

“O laboratório possui a responsabilidade de auxiliar na prevenção e no diagnóstico de problemas de saúde, além da análise de alimentos e água em toda a extensão do estado”, explicou diretora do Lacen.

Para ter acesso aos serviços, o paciente é encaminhado pelos municípios ou hospitais para realizar o exame no Lacen, ou essas unidades podem enviar diretamente a coleta para o laboratório, que atende também a demanda espontânea, como em casos de suspeita de Aids e hepatites.

De acordo com o gerente de Biologia Médica do Lacen, Jair Faer, o laboratório realiza também o apoio a pacientes diagnosticados, como portadores do vírus HIV, realizando exames de análise de carga viral e CD4, que são células de defesa do organismo. O gerente esclareceu que os exames devem ser feitos regularmente, para que a assistência médica ofertada aos pacientes seja correta.

“As drogas que atuam no acompanhamento dos portadores do vírus HIV são disponibilizadas pelo Estado e devem ser adaptadas ao quadro clínico do paciente que realiza o monitoramento por meio de análise laboratorial”, ressaltou.

O Lacen também atua no controle de qualidade de laboratórios municipais. “É enviado para o Lacen uma porcentagem de análises realizadas pelos municípios para que sejam testadas novamente e tenham sua acuidade conferida”, ressaltou o gerente.

Entre os exames realizados pelo Lacen, se destacam a sorologia para dengue, testes de hanseníase, hepatites, herpes, leishmaniose visceral humana, malária, leptospirose, rotavírus, rubéola, sarampo, sífilis, toxoplasmose, tuberculose e vírus respiratórios.

Para a Secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, “o Lacen é formado por técnicos de capacidade incontestável e realiza um serviço de excelência, sendo considerado um orgulho para os alagoanos”.

Novidade

Outra ação de destaque do Lacen será a implantação, a partir de junho, do teste de biologia molecular para tuberculose com sensibilidade. A nova análise será capaz de dar o resultado em 24h, contra quase 90 dias do método tradicional, e ainda revela se o paciente é resistente a determinados remédios.

Jair Faer destacou que a nova análise vai aumentar a eficácia e a celeridade no tratamento e identificação da tuberculose, que ainda é uma doença com índices considerados altos em Alagoas.

Alimentos e água

Os alimentos e a água também são foco de análise do Laboratório Central, contribuindo para a segurança e saúde da população. De acordo com o gerente do Programa de Monitoramento de Alimentos do Lacen, Everaldo Santos, as análises são feitas para garantir que os componentes dos alimentos estejam dentro das especificações da agência reguladora nacional.

“O sal em excesso pode causar problemas de saúde, a exemplo de hipertensão, e deve ter a sua inserção nos alimentos controlada”, explicou Santos.

O Lacen atua em parceria com as vigilâncias sanitárias e epidemiológicas e é referência nacional no serviço de Análise de Rotulagem dos Alimentos.

Segundo o gerente do Programa de Monitoramento de Alimentos do Lacen, Everaldo Santos, os principais problemas se dão no momento em que os fabricantes superlativam as qualidades dos produtos, induzindo o desaleitamento materno.

Programas

O Lacen conta, ainda, com programas que visam reduzir agravos à saúde dos consumidores. “É importante que as pessoas entendam que não se trata apenas de produtos alagoanos, mas de todos que são vendidos em Alagoas, que são, na sua maioria, de grandes indústrias e multinacionais”, lembrou Everaldo.

O gerente explicou que o programa de Análise de Teor Nutricional realiza ensaios de alta complexidade para garantir que os alimentos estejam dentro das especificações, além do monitoramento de gorduras saturadas, trans e açucares. “São conferidas, ainda, a fortificação de farinhas de trigo e milho com ácido fólico, que ajudam a prevenir a má formação do tubo neural do feto”, ressaltou.

Outro programa de destaque no laboratório é o de Monitoramento de Aditivos e Contaminantes, que analisa aditivos nos alimentos como sulfitos, corantes artificiais, nitritos e bromatos.

De acordo com Everaldo, o Lacen também realiza a investigação de alimentos para lactentes e primeira infância. “A avaliação da rotulagem abrange, entre outros, a fórmula infantil para lactentes, fórmulas de nutrientes para recém-nascidos, leites em pó e alimentos de transição para crianças”, enumerou.