Profissionais de saúde são capacitados para atender vítimas de violência sexual
A violência sexual contra a mulher é uma realidade no Brasil. Diversos casos são registrados diariamente no país e, em Alagoas, a situação não é diferente, apesar das ações realizadas de combate às ocorrências. Viabilizar serviços que facilitem o acesso das vítimas tem sido a meta dos gestores públicos estaduais. A Maternidade Escola Santa Mônica é uma das referências no atendimento às mulheres violentadas e ganhará reforço com a implantação de mais duas unidades no estado, que funcionarão nos hospitais Universitário e Hélvio Auto (HEHA).
Na manhã deste sábado (25), em parceria com a secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Ministério da Saúde (MS), Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros participaram de uma capacitação, no auditório da Maternidade Santa Mônica (Poço), sobre Violência Sexual e Interrupção da Gestação nos Casos Previstos em Lei, com a participação do médico Osmar Colá, da Unifesp e a representante do Ministério da Saúde, Caroline Shuweitzer.
Segundo a gerente do Núcleo da Saúde da Mulher da Sesau, Fernanda Santos, a ação tem a finalidade de capacitar os profissionais que atuam no atendimento direcionado a vítimas da violência na casa maternal Santa Mônica e os que atuarão nas unidades hospitalares onde o serviço será implantado. No HEHA, o serviço será limitado apenas ao atendimento à vítima, sem a realização de aborto. Segundo Fernanda Santos, o processo está em fase de estruturação e capacitação dos profissionais.
De acordo com o médico Osmar Colá, a violência sexual contra a mulher ainda é alta no Brasil. Para mudar essa realidade, é necessário que serviços que sejam referência para o Ministério da Saúde sejam voltados para atender as vítimas que apresentem complicações decorrentes da violência, como gravidez e traumas psicológicos.
Colá afirmou que apenas 10% das mulheres que sofrem violência sexual denunciam seus agressores, a maioria silencia por medo e/ou vergonha. “Uma a cada quatro ou cinco mulheres vítimas da violência realizam denúncias, as demais preferem o silêncio, por medo, vergonha ou porque, muitas vezes, se sentem culpadas”, frisou.
Durante a capacitação, os profissionais tiveram acesso a conteúdos sobre leis, decretos e normas técnicas do Ministério da Saúde. Além disso, foram orientados sobre estratégias para organização do serviço de referência para interrupção da gestação nos casos previstos em lei e formação da equipe.
No decorrer de um ano, o Ministério da Saúde acompanhará os serviços, após a sua implantação. Ao final de dois anos, após o início do projeto, haverá um fórum nacional, onde um ou dois participantes dos serviços serão convidados a apresentarem os resultados locais.
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