O Ministério Público do Estado de Alagoas, por meio da 49ª Promotoria de Justiça da Capital (Tribunal do Júri), conseguiu, na quarta-feira (19), a condenação de Alexandre Amaro da Silva, o “Alexandre do Pau D'arco”, à pena de 64 anos e 9 meses de reclusão em virtude de dois homicídios qualificados por motivo torpe e sem chances de defesa da vítima, além de mais uma tentativa de homicídio nos mesmos termos.

No dia 22 de outubro de 2007, Alexandre do Pau D'arco assassinou os irmãos Márcio França da Silva e Miguel de França da Silva Filho na Rua Triunfo, no bairro Jacintinho, sem qualquer motivação, após atirar aleatoriamente no local. Os tiros acertaram no pescoço e perna dos irmãos, respectivamente. O réu também baleou Deivid Alfredo Vital de Lima nas costas e cotovelo, mas esta sobreviveu.

“O Ministério Público entende que, como na maioria dos casos de homicídios da capital, a droga foi o fator gerador dos assassinatos. Constatamos nos autos do processo que o réu, além de traficante, era usuário de entorpecentes e que estava drogado no momento dos disparos. Embora ele tenha negado a autoria dos crimes, a vítima sobrevivente o reconheceu por foto durante a fase do inquérito policial, tal como pessoalmente durante a instrução processual. Todas as testemunhas ouvidas nos autos também identificaram o acusado como responsável pelo crime”, disse o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques.

Por cada homicídio, Alexandre do Pau D'Arco, recebeu a pena de 26 anos e sete meses, enquanto a tentativa de homicídio lhe rendeu 11 anos e cinco meses. O total de 64 anos e 9 meses de reclusão foi a maior pena de um Tribuna de Júri que o promotor de Justiça em destaque já participou. Ela se somará a uma condenação de 36 anos que o reú já possui também por duplo homicídio.