Alagoas

Saúde vai ampliar número de leitos dos Hospitais de Pequeno Porte

Por Redação com Agência Alagoas 24/08/2015 13h01
Saúde vai ampliar número de leitos dos Hospitais de Pequeno Porte
A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, esclareceu que o Plano de Ação foi aprovado pelo governador Renan Filho e vai priorizar, inicialmente, os municípios mais carentes no quesito Saúde (Foto: Carla Cleto)

A reestruturação dos Hospitais de Pequeno Porte (HPPs) vai assegurar que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam atendidos na região onde residem. A medida faz parte do Plano de Ação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e tem o propósito de ampliar o número de leitos das unidades hospitalares, evitando o deslocamento desses pacientes para a capital - o que vem sobrecarregando o Hospital Geral do Estado (HGE).

A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, esclareceu que o Plano de Ação foi aprovado pelo governador Renan Filho e vai priorizar, inicialmente, os municípios mais carentes no quesito Saúde, que são aqueles que estão situados na II, III, IV e X Região de Saúde. “O plano está focado na regionalização dos serviços, onde cada região irá atuar de forma autônoma, sem que seja necessário encaminhar pacientes para Maceió, com exceção dos casos de alta complexidade”, salientou.

Com essa nova proposta, os Hospitais de Pequeno Porte, que têm em média 50 leitos, passam da condição da unidade hospitalar, para atuar como referência regional, com a adequação necessária para o atendimento. Dessa forma, o município de Porto Calvo, por exemplo, que é referência para a II Região de Saúde, passa de 42 para 110 leitos, tendo a ortopedia como especialidade para porta de entrada.

O secretário municipal de Saúde de Porto Calvo, Paulo de Jesus, acredita que o governador Renan Filho quer mudar a realidade de uma ‘Região Norte historicamente abandonada’. “Acreditamos que o novo governo quer dar um novo direcionamento para a Saúde”, afirmou. E essa mudança inicia pelo conhecimento e análise dos indicadores de saúde da região.

Plano de Trabalho – Segundo Wyszomirska, o plano de trabalho é baseado nas necessidades encontradas no município. Na II Região de Saúde, a proporção de internações clínicas por condições mais sensíveis à Atenção Básica corresponde a 20%, quando o preconizado é 10%. De acordo com a secretária de Estado da Saúde, as três principais causas dessas internações são gastroenterite, diabetes mellitus e hipertensão. Ou seja, doenças que podem ser controladas na Atenção Básica, pelos agentes de saúde ou nas unidades de saúde.

Em União dos Palmares, o Hospital São Vicente de Paulo é referência para a 3ª região de saúde. Lá, vai aumentar o número de leitos de 62 para 118, tendo como especialidade a ortopedia. Já na IV Região, o município de Viçosa, passa de 42 para 110 leitos e a especialidade ainda em está discussão entre os municípios. Por fim, na X Região, o Hospital Estadual Dr. Antonio Serpa,em Delmiro Gouveia, passa de42 a110 leitos, e tem como especialidade a pediatria, além da ortopedia. Todas essas unidades são também porta de entrada para clínica geral.

A reestruturação dos hospitais vai assegurar um atendimento regionalizado de forma ágil, eficiente e humanizado. No entanto, conforme Wyszomirska, é necessário que os gestores municipais façam a sua parte, atendendo a população. “É inadmissível que um paciente migre para Maceió, sendo que em seu município o serviço é disponibilizado”, alertou.

Para o prefeito de São José da Laje, Rodrigo Valença, há compromisso na iniciativa do Governo do Estado em reestruturar os Hospitais de Pequeno Porte. “Percebemos uma seriedade nesta proposta e verificamos que os técnicos da Sesau estão visitando todas as regiões de saúde, realizando Oficinas de Planejamento e detectando as principais demandas dos usuários do SUS. Esse é o caminho para regionalizarmos o atendimento e evitarmos a superlotação do HGE”, pontuou.

Diagnóstico – No plano de governo de Renan Filho consta ainda a construção de Centros de Especialidades e Diagnóstico. Eles são responsáveis pela promoção de exames de um modo geral. A iniciativa vai desafogar as unidades com serviços especializados em Maceió e Arapiraca, melhorando o fluxo de atendimento para os municípios e as respectivas regiões de saúde. Após a construção dos Centros de Diagnóstico, o encaminhamento para as consultas especializadas será feito pela Atenção Básica.