Arapiraca

OAB/AL discute violência contra a mulher

Por 7 Segundos com Assessoria 30/09/2015 16h04
OAB/AL discute violência contra a mulher
- Foto: Ana Cláudia/ Assessoria

O contexto histórico da mulher no país, o papel da mulher na família, liberdade e a violência contra a mulher foram alguns dos assuntos apresentados no III Encontro do Movimento Mais Mulheres na OAB, realizado na noite desta terça-feira (29) no auditório do Instituto de Ensino Superior Santa Cecília (IESC), em Arapiraca.

O ex subprocurador municipal de Arapiraca e advogado Hector Martins conduziu a abertura oficial do evento. Para Hector Martins a participação das mulheres em todos os segmentos da sociedade contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O evento contou com a participação de mulheres que atuam em diversas área da advocacia. Entre elas Thaysa Gameleira, conselheira estadual da OAB, em Alagoas e coordenadora do Movimento Mais Mulheres na OAB/AL. Em seu discurso de abertura, Thaysa afirmou que a participação ativa das mulheres na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é um marco da democracia mas os dados apontam que é preciso ainda conquistar um espaço significativo. Segundo a OAB nacional, atualmente 50% da ordem é formada por mulheres. Mas apesar desse número, apenas 17% das mulheres ocupam cargos de direção, os outros 83% são dominados por homens. 

Já a advogada e presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Fernanda Marinela fez um breve histórico da mulher na evolução da democracia do Brasil e afirmou que na política partido-partidária atual, as mulheres não recebem o mesmo apoio oferecidos aos homens. A advogada afirmou ainda que a violência contra a mulher está em todas as classes sociais sem distinção de idade, escolaridade ou religião. Mas sofre violência diária apesar de ter tem um papel fundamental no processo de evolução da sociedade.

“A história das mulheres é a história da família, dos filhos, dos homens e de todos nós que fazemos esta nação”, afirmou Marinela. 

A psicoterapeuta Luciana Costa, afirmou que a violência contra a mulher está presente em todos os países e está entre os temas debatidos pela Organizações das Nações Unidas (ONU). No Brasil, uma mulher é assassinada a cada uma hora e meia. Luciana Costa informou que o ciclo da violência tem três fases: a primeira fase o acúmulo de tensão, a segunda fase a violência em si, que pode ser psicológica, verbal, financeira, sexual e física. A terceira e última fase do ciclo da violência é chamada de lua-de-mel, onde o agressor promete não agredir, mas o ciclo volta a acontecer. 

"A violência contra a mulher é um problema de política pública. Os casais devem ser orientados e os agressores tratados psicologicamente e até com orientação medicamentosa, em alguns casos”, afirmou. 

A advogada Emanoella Remígio, professora de Direito Civil e Eloina Braz, presidente da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), também participaram da mesa de debates. O encontro teve a participação de estudantes de direito de várias faculdades de Arapiraca , professores e advogados.