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Votação para conselheiro tutelar no Rio é suspensa por dificuldades técnicas

Por Redação com Agência Brasil 04/10/2015 20h08

A votação para representantes dos conselhos tutelares no Rio de Janeiro foi suspensa, por volta das 13h de hoje (4), por dificuldades técnicas relacionadas à infraestrutura de transmissão de dados no sistema eleitoral. Durante toda a manhã deste domingo, cariocas reclamaram da demora para registrar o voto e longas filas se formaram nos colégios eleitorais. Ao todo, haviam 160 pontos de votação espalhados pela cidade. O processo de escolha de conselheiros no Rio é informatizado e depende da internet para que o voto seja registrado.

A data do novo pleito ainda não foi marcada e, de acordo com o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, José Monteiro Pinto, será definida nesta segunda-feira (5). “As eleições foram suspensas por uma questão de infraestrutura. Nós vamos nos reunir amanhã para marcar uma nova data com outro sistema”, afirmou.

O presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do Rio de Janeiro, Juarez Filho, classificou a situação como caótica. “Nós pedimos a suspensão. A logística não estava funcionando. As informações não estavam chegando no processador do sistema. Aí foi este caos. Quando deu meio dia, apenas três mil pessoas haviam votado. A expectativa era de 150 mil votos no processo”, disse Juarez.

No Colégio Celestino da Silva, no centro do Rio, ao longo de quatro horas de votação, apenas 12 eleitores – dos mais de 70 que compareceram ao local – conseguiram registrar o voto. A aposentada Rosestélia Maria dos Santos, 71 anos, chegou cedo e reclamou da demora. “Muito difícil, lento, pulei de cadeira várias vezes para concluir a votação. Fiquei esperando duas horas do lado de fora e depois foram mais 40 minutos por lentidão no sistema”, afirmou.

A auxiliar de enfermagem Vera Lúcia da Silva, 61 anos, espera uma nova data para poder participar da escolha dos representantes do conselho tutelar. “Eu vim para votar, conheci uma pessoa, achei a proposta dela interessante, mas cheguei aqui e a moça disse que os computadores não estão funcionando. Agora tenho que aguardar a nova data. Podiam ter avisado antes.” afirmou.

A eleição é organizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que faz parte da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e tem a fiscalização do Ministério Público Estadual.

De acordo com o Ministério Público, no restante do estado não houve problemas durante as eleições. O MP continua recebendo denúncias sobre irregularidades no pleito pelo telefone 127 ou através do site.