Em 30 dias, perspectiva de consumo cai 16% em Maceió
Pesquisa sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió, divulgada nesta quarta-feira (07) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), concluiu que o mês de setembro teve o pior resultado do ano no tocante à intenção de consumo na capital alagoana, que caiu 16,1% em comparação com agosto.
Os dados apontaram, ainda, que o indicador de consumo de bens duráveis (geladeira, fogão, televisor, automóvel, entre outros) sofreu redução de 5,3%, se comparado ao registrado em agosto (107,9 pontos). Já se comparado a setembro de 2014, o recuo foi ainda maior, de 21%.
Segundo a Fecomércio, tais resultados têm relação direta com a insatisfação do consumidor com o emprego atual, além de com o nível de renda, somado às dificuldades de acesso ao crédito, em razão de seu alto custo no momento. E para os próximos 12 meses, a tendência é de continuidade do arrefecimento da intenção de compra, o que resulta em diminuição do ritmo de crescimento do comércio alagoano, principalmente para as pequenas e médias empresas do setor varejista.
Este resultado, ainda segundo a pesquisa, alinha-se à situação de deterioração do endividamento do consumidor no terceiro trimestre do ano. De acordo com a análise do Instituto Fecomércio/AL, a política econômica de ajuste fiscal tem criado um clima desfavorável aos consumidores, 'uma vez que provoca a recessão econômica, com redução dos postos de trabalho e, por consequência, diminuição do nível de renda em circulação'.
Por fim, a Fecomércio reforça que, em persistindo o presente cenário, 'teremos um dos piores finais de ano das últimas duas décadas para os setores de comércio e serviços do país'.