Evangélicos usam terreno da Católica e causam mal-estar

Ato desrespeitoso. Foi o que considerou, em nota de repúdio, a Arquidiocese de Maceió, da Igreja Católica, ao grupo de evangélicos que utilizou o terreno do Papódromo para realizar um evento no domingo (8) sem a autorização da Igreja.
Segundo a nota, assinada pelo Arcebispo Metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, e pelo padre Augusto Jorge Pessoa, reitor do Santuário da Divina Misericórdia São João Paulo II e Irmã Dulce.
O documento afirma que o grupo de evangélicos ocupou o terreno, indevidamente, e montou uma grande estrutura. Havia duas carretas, um ônibus, piscinas de acrílico que foram utilizadas para batismo evangélico de crianças, som em alta potência, além de viaturas da Polícia Militar.
O repúdio à atitude dos evangélicos, deu-se segundo a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Maceió por conta da ocupação do terreno sem a permissão da Igreja Católica e porque os evangélicos alegaram que teriam uma autorização da Prefeitura de Maceió.
A Arquidiocese alega que desde o dia 16 de julho de 2009, o Governo do Estado de Alagoas concedeu Cessão de Uso do terro à Igreja Católica, uma vez que o terreno serviu de local para a construção do Papódro, utilizado pelo Papa João Paulo II, quando esteve em Maceió, em fevereiro de 1991.
"O terreno ficou abandonado e servia de lixão, então a Arquidiocese decidiu solicitar ao Estado a Cessão de Uso para manter o local limpo e reestrutura a construção do Papódro", disse Carlos Roberto Melo, da Pastoral da Comunicação.
Ação judicial
A Arquidiocese de Maceió entrou em contato com a Prefeitura de Maceió para saber o por que da autorização do terreno se o poder público municipal não tem domínio sobre o terreno do Papódromo.
Ficou estabelecido um prazo de dez dias para o pronunciamento da prefeitura, o que ainda não aconteceu. O prazo se encerrará na quarta-feira (18) da próxima semana.
"Se até lá a prefeitura não se pronunciar, a Arquidiocese vai acionar o Setor Jurídico para tomar as medidas cabíveis ao caso", declarou Carlos Melo.
A nota da Igreja Católica repudia também "a falta de preservação da ordem e, sobretudo, o direito constitucional à inviolabilidade do livre exercício dos cultos religiosos e à proteção aos locais de culto e a suas liturgias, previstos no artigo 5º da Constituição Federal e, por fim, visando a evitar a reiteração de atitudes temerárias dessa natureza".
O documento exige providências da Prefeitura de Maceió no sentido de adotar medidas administrativas eficazes, para evitar que práticas dessa natureza não se repitam.
A exigência foi pleiteada pela Arquidiocese de Maceió por meio de Ordem Extrajudicial.
A nota de repúdio é concluída enfatizando que "em quaisquer acepções, a fé seja professada, as obras de apoio aos irmãos se efetivem, que os atos administrativos realizem, tudo isto numa prática de RESPEITO ao próximo, ao patrimônio alheio, em observância à moral, aos bons costumes, à norma vigente e, sobretudo, aos poderes divinos!".
Veja a nota na íntegra aqui.
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