Profissionais de comunicação vão exigir mais segurança durante jogos
Numa reunião realizada na noite dessa terça-feira, o Sindicato dos Jornalistas profissionais de Alagoas, Sindicato dos Radialistas, Associação dos Cronistas Desportivos Alagoanos, Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de Alagoas, e Federação Nacional dos Jornalistas, formaram um pacto em favor da livre atividade profissional nos estádios de futebol.
O pacto visa uma união de forças e a formação de uma frente que nos próximos dias deve se reunir com várias entidades como Ministério Público, Empresas de Comunicação, Polícia Militar, Federação Alagoana de Futebol, presidentes dos clubes que disputam o campeonato alagoano 2016 e representantes das torcidas organizadas. O objetivo das reuniões é cobrar ações mais incisivas para combater a violência praticada por torcedores contra profissionais no exercício de suas atividades durante a cobertura dos jogos na capital e no interior.
Durante a realização da primeira rodada da competição uma equipe de jornalistas foi hostilizada e agredida por torcedores com uniformes de torcidas organizadas na entrada do estádio da cidade de Coruripe. A equipe teve que contar com ajuda de outras emissoras para poder sair do estádio garantindo a integridade física dos profissionais. Dias antes torcedores do mesmo clube promoveram de forma hostil uma campanha contra um jornalista profissional por discordarem de um material postado nas redes sociais de uma empresa. Fato que acabou provocando mobilização da torcida rival para hostilizar a mesma empresa e outros jornalistas e radialistas. O mais recente episódio lamentável teria ocorrido nessa terça, onde uma orientação repassada por diretores do Centro Sportivo Alagoano para que a equipe de uma determinada empresa fosse realizar a cobertura da próxima partida com carro sem plotagem e microfone sem canopla para dificultar a identificação dos profissionais e evitar que houvesse uma nova onda de ataques aos profissionais.
A orientação repassada por um membro da direção de um clube causou revolta aos participantes da reunião. “É inadmissível que para exercer suas atividades um profissional tenha que se esconder ou ir ao local do trabalho sem a devida identificação profissional. E uma orientação dessa natureza pode incitar ainda mais a violência contra profissionais que estão nos estádios apenas para exercer suas atividades.” Disse Valdice Gomes, vice presidente da FENAJ.
O presidente do SINDJORNAL, Flávio Miguel Peixoto, disse que a formação da frente será importante para resolver os problemas com mais celeridade e de forma oficial. “Precisamos adotar as medidas legais que busquem a resolução da situação. Nosso primeiro contato será com o Ministério Público. Não vamos tolerar violência nos estádios, muito menos contra profissionais de comunicação que ajudam os próprios torcedores com informações dos clubes”.
A Arfoc-AL, por meio de seu presidente Ailton Cruz, afirma apoiar em todos os sentidos o que foi discutido na reunião. “Até porque unidos seremos mais fortes. No caso de ameaça a categoria, jamais devemos baixar a cabeça e ter medo do que vamos enfrentar. O jogo tem que ser limpo por isso devemos seguir unidos!”
O presidente da ACDA, Jorge Lins, disse que situação é gravíssima e que a ação precisa começar o quanto antes. “Temos que ter ações práticas antes da rodada no próximo fim de semana. Não podemos esperar que algo aconteça para que as autoridades possam agir.
Os resultados das reuniões devem ser anunciados nos próximos dias.