IML de Arapiraca cria brinquedoteca para crianças que vão fazer exames
Um espaço para relaxar, brincar e se distrair. Foi com essa ideia que surgiu a Brinquedoteca do Instituto Médico Legal de Arapiraca (IML). O espaço começou a funcionar na terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para abrigar crianças que precisam fazer exames.
A ideia surgiu do diretor do IML, Sílvio Nunes, e foi executado pelos colaboradores do instituto com a iniciativa da técnica forense, Leandra Sueli Neves, que trabalha há 14 anos no IML de Arapiraca
Para proporcionar às crianças, vítimas de violência física e violência sexual que precisam ir para o IML para fazer exames de corpo de delito e de conjunção carnal, um espaço mais agradável e fora do espaço onde ficam cadáveres e também criminosos que vão fazer exames no local.
"O diretor teve a ideia eu me comprometi em preparar um espaço lúdico para as crianças e comecei a pegar materiais e transformá-los em objetos de utilidade para dar vida à brinquedoteca", disse Leandra Neves.
Ela conta que foi até uma casa de vender alho, no Mercado Público Municipal, e pediu caixotes de madeira que são jogados no lixo para ela transformá-los. Carretéis de madeira e brinquedos de feltros já deram outra vida ao ambiente da brinquedoteca do IML.
"Com este ambiente já atendemos uma menina de cinco anos que veio fazer exame esta semana e sentimos a diferença. Ela ficou brincando até a hora de ir fazer o exame, muito mais tranquilo e sem estresse", afirmou Leandra Neves.
Doação de brinquedos
Para tornar um exame no IML mais, digamos, agradável, as crianças levam para casa o brinquedo que ficam com ele durante o tempo que ficam por lá.
Leandra Neves disse que as pessoas poderão contribuir com brinquedos simples de qualquer tipo e valor, desde que não sejam quebrados. As doações devem ser levadas para o IML de Arapiraca, ao lado da rodoviária, no bairro Jardim Tropical.
"Vamos colocar um DVD para passarmos filmes infantis e distrair as crianças ainda mais e assim tornar a dor da violência sofrida por elas em uma imaginação de uma infância sem traumas", avisou Leandra Neves.